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Coronavírus

Política dos monopólios: Pfizer e Moderna aumentam os preços

Conforme matéria do jornal Financial Times, a Moderna e a Pfizer subiram o preços das vacinas contra o COVID-19. Isso dificulta ainda mais o andamento do processo de vacinação.

A Moderna e a Pfizer anunciaram o aumento dos preços das vacinas contra o coronavírus para a União Europeia, conforme uma matéria publicada no jornal Financial Times deste domingo (01/08).

O medicamento da Pfizer subiu de 15,5 euros (aproximadamente R$ 96 na cotação atual) para 19,5 euros (cerca de R$ 121); a vacina da Moderna custava 19 euros (R$ 117) e agora passou para 25,5 euros (R$ 157). No processo de negociação, a União Europeia conseguiu retirar 3 euros do preço em decorrência de ter feito uma grande encomenda.

A União Europeia anunciou em maio que pretende fazer a aquisição de um bilhão de doses até o final de setembro. Sendo assim, o governo do bloco, isto é, a Comissão Europeia, planeja atingir uma meta de vacinação de 70% até o fim do verão no Hemisfério Norte.

A subida dos preços das vacinas da Moderna e Pfizer é uma demonstração da política genocida dos monopólios farmacêuticos capitalistas, preocupados com o acúmulo de capital em meio à maior pandemia das últimas décadas.

As vacinas deveriam estar muito mais baratas nas condições atuais. Em primeiro lugar, elas já estão no mercado há um tempo. O problema das patentes, por sua vez, é um obstáculo para a produção em larga escala e a vacinação massiva em âmbito global.

O aumento dos preços fará com que os países atrasados da Ásia, África e América Latina adquiram ainda menos vacinas. Se na União Europeia – bloco que concentra uma porção significativa da riqueza mundial – a situação está ruim, é de se imaginar como está o problema nos países atrasados, em particular naquelas nações que sequer começaram a campanha de vacinação.

A quebra das patentes é uma reivindicação fundamental para que os países atrasados tenham condições de produzir o medicamento e aplicá-lo em grande escala na população. A pandemia do COVID-19 demonstra a contradição que existe entre os interesses da esmagadora maioria da humanidade e um grupo seleto de monopólios capitalistas.

Conforme os dados oficiais, a doença matou 4.238.566 pessoas no mundo. São mais de 198 milhões de pessoas infectadas. Os Estados Unidos da América são a nação mais atingida, com 35 milhões de casos confirmados e 629.340 mortes.

A distribuição das vacinas se concentra nos países da União Europeia e Estados Unidos, o que demonstra um verdadeiro sistema de apartheid mundial. O aumento dos preços das vacinas da Moderna e Pfizer são um elemento desse sistema e dificulta ainda mais a vacinação nos países capitalistas atrasados da América Latina, Ásia e África.

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