A tática da burguesia para se infiltrar nas mobilizações populares que estão balançando o País é a política contra os partidos da esquerda. Por meio da propaganda do uso do verde e amarelo em contraposição ao vermelho nas manifestações procuram introduzir elementos de direita no seio da mobilização popular.
Na tarde de ontem, por exemplo, o povo assistiu ao horror de elementos bolsonaristas, da extrema-direita nacional, discursarem ao lado de lideranças de esquerda. A entrega do “super” pedido de impeachment de Bolsonaro reuniu verdadeiros bandidos políticos, como Joice Hasselmann (PSL-SP), que já se definiu como “Bolsonaro de saia”, Kim Kataguiri (DEM-SP) do MBL e Alexandre Frota (PSDB-SP) a líderes de partidos da esquerda, como a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e outros presidentes partidários, do Psol, PCdoB, PCB etc.
A pressão da burguesia é evidente. Estão abertamente fazendo propaganda de que os atos estão esquerdistas demais, vermelhos demais. Dizem que é preciso baixar as bandeiras vermelhas e levantar a bandeira do Brasil.
Essa tática não é uma novidade, mas já foi vista em 2013. Para quem nunca entendeu o que ocorreu em 2013 basta ver a campanha golpista atual para que a esquerda entregue a mobilização para os que colocaram Bolsonaro no poder.
A propaganda vai se penetrando nas mobilizações por meio dos partidos de esquerda mais defensores da frente ampla. No último ato, em São Paulo, foi bem possível confundir o bloco do PCdoB ou do PCB com um bloco bolsonarista. A única diferença consistia em poucas bandeiras vermelhas misturadas com bandeiras do Brasil.
Aqui se apresentam dois problemas, o primeiro se trata de que esses elementos direitistas como a Força Sindical nada tem a oferecer a mobilização, em outras palavras, são inúteis do ponto de vista de levar pessoas às ruas.
As mobilizações estão ocorrendo apenas com a convocação da esquerda.
Por outro lado, utilizar a bandeira do Brasil nos dias de hoje é se relacionar com os setores da extrema direita nacional. Não apresenta claramente o que essas pessoas defendem.
Alexandre Frota e Joyce Hasselman querem participar dos atos. Eles confundem as mentiras da imprensa e o servilismo de parte da esquerda com o estado de ânimo dos militantes e do povo. Não venham, mesmo se convidarem, não vão ser bem recebidos. pic.twitter.com/tn5nOT6bC4
— Rui Costa Pimenta (@Ruicpimenta29) June 24, 2021
Hoje o verde e amarelo são as cores dos inimigos do Brasil. As cores daqueles que derrubaram o governo, deram o golpe de Estado e colocaram Bolsonaro no poder. A campanha contra os partidos, por sua vez, é fascismo.
Os elementos da esquerda que querem o verde e amarelo estão abrindo espaço para a direita controlar a mobilização popular. Neste sentido, colocar o movimento a reboque dos “filhotes” de Bolsonaro.
Os defensores das manifestações verde-amarelas dentro da esquerda não mediram o pulo. Na reunião de hoje chamaram logo os bolsonaristas Frota e Joyce Hasselman, os novos “aliados” da esquerda. Daí para Dória e outros criminosos é um passo. É a tentativa de matar o Fora Bolsonaro. pic.twitter.com/OET5IDDm0m
— Rui Costa Pimenta (@Ruicpimenta29) June 24, 2021
Agora o ex-ator pornô deputado e a “Bolsonaro de saia” querem participar dos atos…pelo Fora Bolsonaro. Confundem a “orgia” que fazem com a frente ampla com o ânimo geral das mobilizações.
É preciso deixar claro: não serão bem recebidos pelo povo. Se forem convidados, um conselho: não venham.
Isto é, no dia 3 e 24 de julho, nada de verde e amarelo. A cor do povo e da luta é vermelha.