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Correios

Atos devem levantar a luta contra a privatização dos Correios

Os dirigentes sindicais devem tirar o pijama e deixar dentro do armário

Colocado como um dos principais objetivos do governo golpista do fascista Bolsonaro, o congresso nacional golpista, o judiciário e a imprensa venal vêm fazendo uma campanha sórdida pela entrega das estatais brasileiras.

Desde a semana anterior do mês de junho, os parlamentares golpistas do Senado Federal vinham se empenhando para entregar a Eletrobras e, apesar de toda discussão de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), onde a direita travestida de “centrão” que finge ser oposição ao governo, não se fizeram de rogados e rapidamente aprovaram a MP 1031/2021 autorizando a privatização da estatal.

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos está na alça de mira desse governo subserviente ao imperialismo e, da mesma forma que a Eletrobras, Petrobras que está sendo entregue em lotes, bem como as demais estatais, ou seja, o patrimônio do povo brasileiro, tudo, tudo sendo doado aos abutres capitalistas.

Os golpistas da Câmara Federal, os que primeiro votaram a entrega da Eletrobras, ontem estavam finalizando o texto do documento da entrega da estatal.

Desde o final do ano de 2020 e início de 2021 os aliados golpistas disfarçados de “oposição”, juntamente com os juízes do Superior Tribunal Federal (STF), para abreviar a entrega dos ativos da Petrobras, também decidiram legislar. Fazendo com que as decisões de Bolsonaro e de seus asseclas, como o neoliberal, golpista, banqueiro e ministro da economia Paulo Guedes, além de, na época, do presidente da estatal, o Chicago-boy Roberto Castello Branco, de que os leilões das doações não precisassem ser apreciados pelo congresso golpista, ou seja, para adiantar o processo, uma vez que já se sabia, de antemão que, tanto a Câmara, como o Senado Federal são avalizadores da mesma política de dilapidação do patrimônio do povo brasileiro. Ou seja, há uma unidade entre as diferentes alas da direita golpista para privatizar os Correios. Nesse ponto, não deve haver dúvidas de que o objetivo é destruir a empresa pública.

A quebra do monopólio postal

Bolsonaro, o capacho do imperialismo e seus asseclas através dos golpistas do congresso nacional, querem a quebra do monopólio postal que, desde maio, vem sendo um dos temas, tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado Federal.

Conforme o artigo de Outras Palavras, de 17/06/2021, o monopólio postal brasileiro assegura a sobrevivência da empresa nacional num cenário mundialmente competitivo e desigual, onde as corporações privadas se recusam a atuar nas regiões mais deficitárias, na perspectiva do mercado.

A manutenção do monopólio estatal do setor postal significa, na prática, impedir que parte dos lucros sejam drenados para a iniciativa privada, cuja concentração em poucas empresas multinacionais levaria à inviabilidade da execução de políticas públicas que beneficiam a população brasileira. Nesse sentido, o fim do monopólio não é uma questão de interpretação, como querem os juristas, mas uma questão política e político-territorial. A própria atuação dos Correios em regiões e lugares não lucrativos já contempla o papel dessas agências, verdadeiros fixos sociais, como indutoras de políticas públicas e da cidadania, além da própria participação da empresa pública na criação de endereços. A logística dos Correios não pode ser diretamente comparada à das empresas postais privadas, pois o privilégio da empresa pública se torna, em realidade, a garantia da prestação dos serviços nas periferias do território. Mais que uma organização postal, os Correios são um agente estatal que possibilita a execução coordenada de políticas públicas. Portanto, as condições para essa atuação capilar em escala nacional devem ser asseguradas à luz de uma reserva de mercado que permita minimamente o equacionamento do custeio total da operação.

Os Correios, com seus 150 mil trabalhadores em todo o território nacional pode ser privatizado e, os abutres interessados, como DHL, FEDEX, UPS, Mercado Livre, Amazon, Magalu, entre outras, em primeiro lugar vão elevar os preços de envios das encomendas e demais serviços, em segundo lugar, os locais “considerados de risco”, por exemplo, nunca vão ser atendidos.

A imprensa e a privatização

Defensora inconteste do total sucateamento do país, a imprensa, a exemplo da revista Exame em seu portal na internet, ou seja, o boneco de ventríloquo do imperialismo e seus capachos no Brasil, afirma que o “processo de venda da estatal avança com o apoio da opinião pública, do governo federal e do Congresso”. Onde há mobilizações que se aproximam de 1 milhão de pessoas nas ruas, há como uma de suas palavras de ordem “não à privatização” e “reestatização das privatizadas”.

A exemplo dos senhores de engenho nos tempos da escravidão no Brasil, Bolsonaro, Guedes, o ministro das comunicações Fábio Faria e o presidente militar Floriano Peixoto Vieira Neto, entre outros, que estavam tramando a entrega dos Correios junto com a cúpula do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, acham que aqueles que foram às ruas são simplesmente os escravos daquele período colonial. É um escárnio!

Colocar o pijama no armário

Apesar dos trabalhadores dos Correios estarem diariamente nas ruas, trabalhando enquanto sujeitos inclusive a morrerem, devido ao contágio pelo coronavírus, além de, a qualquer momento serem demitidos, perderem seus empregos por conta da privatização, as direções preferiram colocar o pijama e deixar os trabalhadores à própria sorte.

A paralisia total desses dirigentes é encoberta, em alguns casos, por uma política completamente inócua. Para não ter que se mexer para mobilizar os trabalhadores, muitos resolveram fazer “lives” na internet. Para que não haja dúvida, não se trata de uma atividade de propaganda que sirva para efetivamente mobilizar a categoria usando recursos da internet como um complemento para uma atividade real de mobilização. Ou seja, não há sentido prático, muito menos resultado.

Como complemento às “lives”, os sindicalistas decidiram organizar grupos para fazer lobby no Congresso Nacional.

É preciso uma mobilização de verdade

O grande negócio seria juntar um grupinho de sindicalistas para passear pelos corredores e salas climatizadas do Congresso Nacional, tomar cafezinho com deputados e senadores para convencê-los – quem sabe? – a não aprovar a privatização.

Os sindicalistas acreditam que, sem mobilizar os trabalhadores, apenas com o grande poder de convencimento que eles acreditam ter em sua mente, vão conseguir convencer a corja de deputados picaretas e vagabundos golpistas. Acreditam, ainda, que vão ter mais poder de convencimento do que os grandes capitalistas que estão pressionando esses mesmos deputados a acelerar a privatização. Quem será que tem mais poder de convencer? Os milionários ou os sindicalistas assustados dos Correios?

Os trabalhadores da Eletrobras fizeram uma paralisação de três dias, nos dias em que o congresso golpista estava para votar, naquela vez no Senado Federal, a Câmara Federal já havia feito o dever de casa na defesa da privatização, os sindicalistas dos urbanitários não foram nada eficazes com essa política.

Os sindicalistas dos correios, no entanto, desde o início da pandemia se utilizaram de falsas soluções para fingir que algo está sendo feito quando esses dirigentes continuam de pijama.

É preciso a imediata mobilização dos trabalhadores para barrar todas as privatizações.

Os próximos atos devem, inclusive, colocar a não privatização dos correios.

Fora Bolsonaro e todos os golpistas!

Lula presidente!

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