No ato desta manhã em Brasília, ficou clara a vontade de mobilização das bases da esquerda. Os companheiros se identificaram com o chamado do PCO, de luta combativa, de formar um Bloco Vermelho nas manifestações e não sair das ruas para derrubar Bolsonaro e todos os golpista e conquistar todas as exigências populares, como vacina para todos e auxílio emergencial de ao menos um salário mínimo.
A esquerda deixou de lado o verde e amarelo, que uma parte das direções tentou impor aos atos, seguindo a linha da direita e da imprensa burguesa, de que os atos deveriam ser “amplos” no sentido de abrigarem a classe média coxinha a fim de sabotar os atos e tomá-los para si, como foi em junho de 2013. Desta vez as organizações de esquerda pintaram Brasília de vermelho.
Por outro lado, o ato foi menor do que o do dia 29 de maio. “Isso ficou evidente com as diversas manobras das direções da esquerda de desmonte da manifestação. Enquanto nosso Partido agrupou todas as baterias do ato na Bateria Zumbi dos Palmares, distribuiu centenas de jornais, milhares de panfletos, a esquerda praticou diversas medidas para tentar boicotar a manifestação”, denunciou o militante da Aliança da Juventude Revolucionária e do PCO-DF, Uriel Schramm. Grande número de manifestantes pediam aos militantes do PCO adesivos e panfletos.
Ele explicou que o PCO foi proibido de participar de uma reunião de organização por parte de dirigentes do movimento Resistência e do MTST, que englobam alas do PSOL, e de setores da ala direita do PT. Durante o ato, os organizadores também restringiram as falas dos partidos, que só poderiam intervir durante dois minutos no carro de som.
Segundo os companheiros que viram o ato a partir do carro de som, não havia mais do que 10 mil pessoas no ato, devido justamente à política de contenção de uma parcela da esquerda pequeno-burguesa.
Apesar de tudo o ato foi um ato vermelho e a política combativa e revolucionária predominou no meio dos manifestantes.