No sábado, dia 29 de maio, ocorrerá o primeiro ato organizado pela esquerda desde o início da pandemia do coronavírus, em 2020. O ato terá como tema vacina para todos, auxílio emergencial e emprego e Fora Bolsonaro. É preciso colocar como prioridade máxima a mobilização dos trabalhadores de diversos setores, para que esse dia seja um dia, onde seja colocada em pauta todas as reivindicações dos operários, incluindo os Correios, uma das estatais que está prestes a ser entregue pelo governo golpista do fascista Bolsonaro aos abutres imperialistas.
Como impulso das mobilizações de luta contra os ataques do governo golpista do fascista Bolsonaro, o 1° de Maio, dia de luta da classe trabalhadora, foi a pedra-de-toque que fez com que as manifestações presenciais começassem a despontar em vários setores ligados à classe trabalhadora e à população explorada.
Um exemplo dessa situação é que várias categorias começaram a entrar em greve contra os brutais ataques do ilegítimo governo Bolsonaro, bem como contra os governos estaduais e municipais.
Um desses setores foi o dos transportes sobre trilhos, ou seja, os metroviários de São Paulo, que entraram em greve no dia de ontem (19) contra os ataques do “científico” governador do estado de São Paulo, João Doria Junior, do golpista PSDB. Assim como os funcionários da Fundação Casa, entre outras categorias, como também os professores municipais da capital paulista, que estão em greve há mais de 100 dias e também estão indo às ruas – ocorreu na última terça-feira (18) uma manifestação. Os professores estão se insurgindo contra a ameaça de volta às aulas, mas também contra a política de matá-los de fome, uma vez que o atual prefeito Ricardo Nunes está confiscando os seus salários.
Correios
O governo do fascista Bolsonaro está preparando a entrega de uma das maiores estatais do país, que conta com cerca de 100 mil trabalhadores, que é a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares (Correios). A ECT ao longo dos anos vem sendo sucateada e seus trabalhadores efetivos vêm sendo substituídos por terceirizados. Atualmente está para ser doada aos abutres imperialistas, ou seja, uma das 10 maiores empresas postais do mundo e a primeira da América Latina a caminho de sua privatização.
O Congresso Nacional golpista, através do presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP), está ávido para atender ao pedido de Bolsonaro e seus asseclas, a exemplo do neoliberal, golpista, banqueiro e ministro da economia, Paulo Guedes, o ministro das comunicações o golpista Fabio Farias, através de seu subordinado, do Exército, o General Floriano Peixoto Vieira Neto. Lira e os demais golpistas querem agilizar a aprovação da privatização dos Correios para junho ou julho. Esta é uma reivindicação imposta pelos grandes capitalistas do ramo da logística como Amazon, Mercado Livre, DHL, Fedex, Magazine Luíza, entre outros, que estão unificados com um único propósito de destruição da empresa pública.
Mobilizar os trabalhadores
Os trabalhadores ecetistas, que ao longo de todo o ano de 2020, assim como várias outras categorias, continuam pegando condução lotada para ir e voltar de casa para o trabalho e do trabalho para casa, triando cartas e encomendas nos centros de distribuição e nos centros de tratamento, aglomerados com dezenas ou às vezes centenas de companheiros, saindo de casa para entregas ou recebendo clientes todos os dias nas agências, não tiveram o direito de ficar em nenhum momento casa, durante a pandemia. Até agora, nenhuma mudança nessa situação foi tomada, uma vez que suas direções preferiram fechar as portas dos sindicatos a ter que mobilizá-los à luta contra essa sorte de coisas. Desta forma, os trabalhadores dos Correios estão sendo obrigados a se sujeitarem às imposições de suas direções, o que está fazendo inúmeros desses operários a se contaminarem e, inclusive virem a falecer, como já ocorreu com uma grande parcela.
Neste momento crucial de suas vidas, onde o governo quer destruir esse patrimônio do povo que é os Correios, é mais do que necessária a mobilização do conjunto dos trabalhadores ecetistas para participarem do ato do dia 29, no sábado e diante de um programa que, entre outros, inclua a não privatização dos Correios.
As direções devem agir
Diante da situação colocada, em que não há como lutar em casa, uma vez que só os patrões podem e ficam em casa observando as contas bancárias cada vez aumentando o volume de dinheiro, enquanto os próprios trabalhadores que fazem com que isso possa ocorrer, no entanto, não tem como ficarem em casa, as direções sindicais devem assumir a tarefa de colocar os recursos dos trabalhadores a serviço da mobilização.
É preciso ir às portas das fábricas, unidades dos Correios, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Eletrobrás, professores, e demais setores, com carros de som, boletins, etc., de forma que, a partir do dia 29, a luta contra tamanha atrocidade cometida por esses capachos do imperialismo tenha uma expansão, se alastrando em todo o movimento operário, bem como pela população explorada.