Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), conforme informe do Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Sindipetro-Caxias), nas dependências da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), já foram contabilizados, dentre trabalhadores e efetivos, mais de 1,8 mil pessoas contaminadas. Neste exato momento há 9 trabalhadores internados.
A direção golpista da Petrobras, que apenas se interessa em satisfazer a sede por lucro dos acionistas da empresa, resolveu adotar, mesmo diante do total caos sanitário, a parada da manutenção da unidade U-1210 (destilação), desde o dia 10 de março. Isto acarretou o aumento de efetivo de pessoal que, na pandemia vinha funcionando com 500 trabalhadores próprios e 1,3 mil terceirizados e, com a parada para manutenção passou a contar com mais de 3 mil. A tal determinação implica um aumento exponencial de risco de contaminação nas dependências da refinaria.
Além disso, o risco aumenta ainda mais, já que nos setores falta de tudo no quesito equipamentos de segurança sanitária. A situação na Reduc não é um caso isolado.
“A Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim (MG), está passando por um surto de covid-19, com mais de 220 trabalhadores contaminados só neste mês, 84 deles de um mesmo setor. Até este momento, são 13 empregados internados por complicações da doença. A Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, sofre com o mesmo problema e, em apenas uma semana, perdeu dois trabalhadores por complicações da covid-19.” (site FUP 25/03/2020)
A política genocida do governo ilegítimo Bolsonaro tem ocasionado uma explosão da contaminação pela Covid-19 nas plataformas e dependências da Petrobras. Os números de contaminados não deixa dúvida que o contágio vem se alastrando como rastilho de pólvora, sem nenhum controle. A direção da empresa vem sistematicamente se recusando a atender as medidas de prevenção cobrada pelas organizações dos trabalhadores, principalmente em relação a testagem em massa na categoria, uma medida simples que evitaria sobremaneira a contaminação. Diante desta catástrofe é preciso agir. A FUP, os sindicatos, conjuntamente com a CUT, devem chamar imediatamente uma greve geral da categoria. É necessário paralisar toda a produção e somente voltar com todas as reivindicações dos trabalhadores atendidas.
A atitude da direção da empresa não deixa dúvida que os operários são tratados como números, um objeto descartável nas mãos desses fascistas genocidas. Tais medidas vão ao encontro da política deliberada de sucateamento em andamento na Petrobras com vistas à privatização e, é justamente nesse sentido que é preciso intensificar as mobilizações em todas as unidades da empresa e, através dos métodos tradicionais de luta da classe operária, greves, ocupações, etc., para barrar a ofensiva reacionária da direita golpista.