No dia 18 de março a Vivo, com o total consentimento do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo (Sintetel), decidiu que não respeitaria a antecipação do feriado para os dias 26 de março a 5 de abril, decretados pelo prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) num acesso de demagogia do “combate ao coronavírus”.
O mesmo está sendo feito com suas terceirizadas, como a Icomon, que em um comunicado do Departamento de Pessoal (Gestão de Pessoas) em março afirmou que também não iria dispensar seus funcionários. A empresa Icomon destaca, em letras garrafais que é “importante” a “antecipação de feriados”.
A terceirizada diz o seguinte: “a Icomon realiza atividades essenciais. Por esse motivo, não nos enquadramos nos decretos Municipais de antecipação de feriados”.
Nesse caso existe um agravante, pois o feriado para eles é hora extra! Então, como as empresas ICOMON, TEL E ABILITY consideraram dias normais de 26 a 5, os trabalhadores irão receber como dia normal e quando chegar o feriados propriamente ditos também não receberão hora extra, como já aconteceu em 2020.
Quanto a não paralisação da Vivo, a empresa utilizou a direção pelega do Sintetel que, neste momento está com as portas do sindicato fechadas, dizendo que foi feito um acordo. Com relação à terceirizada, o próprio sindicato, que é da Força Sindical – que também está com as portas fechadas – emitiu um comunicado com dizeres de que, diante deste cenário, cabe informar aos trabalhadores que:
“…nossa categoria com um todo, é considerada como uma categoria de serviços essenciais. Portanto, estamos excluídos dos referidos decretos.”
Ou seja, a direção, senão toda, mas uma parcela dela, ligada à Força Sindical, age como a extensão da empresa. É totalmente conivente com a multinacional e consequentemente com suas terceirizadas e deixa os trabalhadores à própria sorte, podendo a qualquer momento serem mais números nos casos de mortes, cerca de 320 mil contaminados, aproximando-se dos 13 milhões.
Os governantes “científicos” de São Paulo, como o governador João Doria, e o prefeito Bruno Covas, ambos do golpista PSDB, decidiram que os professores agora fazem parte das atividades essenciais e, serão obrigados a frequentarem, juntamente com os alunos e funcionários, aulas presenciais. Isto mesmo com todo o risco de contaminação, como já ocorreu em mais de mil escolas e com mais de 2 mil profissionais da educação e alunos infectados, além de deixar os profissionais dos transportes, bem como, a população que deles se utilizam para trabalhar. Ou seja, os genocidas mostram porque a situação é tão catastrófica, não por acaso, São Paulo é onde há o maior número de mortes e contaminações. São perto de 72 mil mortes e mais de 2,4 milhões de contaminados.
O comunicado do Sintetel aos trabalhadores
Ao tentar contato com o Sindicato, um trabalhador decidiu ir até a sede da entidade na Rua Bento Freitas e deu com a cara na porta, pois a entidade que o representa estava fechada. Desta forma resolveu ligar, mas os telefones aos quais ligou diziam para que entrasse na página do sindicato na internet. No entanto, o sindicato também emitiu uma nota com os seguinte dizeres: “considerando a decisão do Governo do Estado de passar para a fase vermelha do Plano São Paulo em todas as regiões do Estado, o SINTETEL terá suas atividades presenciais suspensas até 30/03/21”.
“Na Cidade de São Paulo, considerando que a Prefeitura antecipou cinco feriados para os dia 26, 29, 30 e 31/03 e 1º de abril, as atividades poderão ser retomadas no dia 05/04/21”.
“As subsedes regionais deverão acompanhar as decisões das Prefeituras das suas cidades, caso haja outras restrições”. Ou seja, enquanto os capitalistas estão em casa e o sindicato também está com as portas fechadas, os trabalhadores vão continuar como dia normal de trabalho. Trata-se de uma atitude criminosa dos patrões, que só querem saber do volume de dinheiro em suas contas. Mas também, trata-se de uma atitude criminosa da direção pelega que, ao invés de organizar os trabalhadores contra os ataques dos patrões, junta-se aos próprios patrões contra aqueles que dizem representar, ou seja, os trabalhadores.





