O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, protocolou na Organização Mundial da Saúde (OMS) uma denúncia em que acusa os Estados Unidos de implementar um bloqueio econômico, desde 2015, responsável pela queda de 60% do Produto Interno Bruto do país sul-americano.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, o bloqueio representa uma perda de US$ 30 bilhões por ano. A Venezuela também denunciou os EUA à Corte Penal Internacional por crime de lesa-humanidade.
O governo Barack Obama (Partido Democrata) declarou a Venezuela como “ameaça à segurança” do país, que impede a realização de transações internacionais com dólar estadunidense. A medida aumentou os gastos cambiários do Estado em US$ 20 bilhões. Além disso, o país sul-americano sofre retenções bancárias e as sanções americanas implicam em multa para os países que comercializarem com a Venezuela.
O senador republicano Marco Rubio apresentou uma lei no Congresso dos Estados Unidos, batizada de lei BOLIVAR, que bane qualquer tipo de relação comercial entre empresas privadas com a Venezuela. Recentemente, ativos da petroleira estatal PDVSA foram congelados no exterior e os britânicos se negaram a devolver ouro comprovadamente roubado.
A Casa Branca reconhece o ex-deputado Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, assim como a União Europeia. Após o fracasso de Guaidó nas eleições para a Assembleia Nacional para o bloco político chavista, alguns países imperialistas começaram a rever o apoio ao político direitista.
Mais um episódio da ofensiva imperialista contra a Venezuela aconteceu essa semana. O Facebook bloqueou a conta do presidente Nicolás Maduro pelo período de um mês por “espalhar desinformação sobre a COVID-19”. Conforme explicação da administração da rede social, as palavras de Maduro violaram a política da empresa.
No quesito Venezuela, a política do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), se difere muito pouco da política de Donald Trump. Pelo contrário, o político democrata, expoente da ala dos falcões da política americana, criticava o ex-presidente por não ter a suficiente firmeza no tratamento com o governo venezuelano.
A crise econômica na Venezuela é resultado direto do bloqueio comercial imposto pelo imperialismo. As sanções afetam duramente a economia e impedem que a população tenha acesso a medicamentos e alimentos. O verdadeiro interesse do imperialismo é derrubar o governo bolivariano, que é um obstáculo para que se concretize o saque das reservas de petróleo abundantes do país.