O ministério público do Distrito Federal (MPDFT), enviou uma petição, no dia primeiro de março por meio da Promotoria de Justiça de Defesa da Educação (Proeduc), à Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal. O documento pede a volta às aulas presenciais na rede pública. O pedido à Justiça tenta reverter a norma em vigor, levando em consideração escolas e creches que atendem desde crianças a adolescentes de até 17 anos, sob a alegação de que a educação é serviço essencial e deve ser priorizada, pedido que foi negado pela justiça do Distrito Federal temporariamente.
O Governador do Distrito Ibaneis Rocha vem impondo a população de Brasília várias medidas restritivas como o lockdown, e mesmo com o alto índice de contágio no DF, as escolas particulares foram autorizadas a funcionar, o funcionamento das escolas particulares prova a demagogia das medidas restritivas por outro lado demonstra a disposição do governador “cientifico” Ibaneis de voltar com aulas presencias nas escolas publicas do DF, uma espécie de aproximação sucessivas. Em troca de manter o lucro dos donos das escolas particulares do DF, o governador está disposto a colocar em risco a vida de centenas de alunos e professores.
O Sinpro – Sindicato dos professores do Distrito Federal, tem uma comissão de negociação com o Governo do Distrito Federal (GDF), que tem encontros regulares quinzenais. Nessa segunda quinzena do mês de março vai avaliar novamente a suspensão das aulas presencias.
Nesta sexta feira (12), foi realizada a primeira assembleia de 2021 do SINPRO – DF, a assembleia foi remota e no seu melhor momento chegou a reunir um pouco mais de mil pessoas na plataforma, um dos pontos de pauta foi o retorno das voltas as aulas nas escolas públicas do DF. A proposta do sindicato é o não retorno presencial às aulas até que haja vacinação contra a covid-19 e os espaços escolares estejam seguindo todos os protocolos de segurança sanitária indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, se não houver vacina e o GDF supostamente atender os protocolos que não evitaram as 2 mil mortes por dia, a direção pode dar o aval para a volta as aulas. A corrente sindical do PCO – Educadores em Luta – não teve direito a intervenção durante a assembleia, mas nossa proposta em relação ao retorno as aulas presencias é volta as aulas só com vacinação e o final da pandemia.
O Ministério Público do DF ( MPDFT), age deforma criminosa em nome dos interesses dos empresários donos de escolas particulares e dos capitalistas em geral que querem o retorno as aulas presencias para dar um aparência de normalidade a catástrofe social que o país se encontra.
Assim como os professores em São Paulo, que realizaram uma greve contra a volta as aulas no estado, em conjunto com a APEOESP, sindicato dos professores do estado, os professores do DF devem se organizar em torno da palavra de ordem: volta as aulas apenas com vacina e o fim da pandemia. Qualquer outra negociação é uma colaboração direta com a direita, assassina dos trabalhadores brasileiros, que buscam lucrar em cima das milhares de morte da população.