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Imperialismo quer a Coréia do Norte

EUA de Biden diz que Coreia do Norte é a “ameaça mais imediata”

EUA, através de seu almirante Philip Davidson, declara que a maior ameaça ao Império estadunidense no momento é a Coreia do Norte, desautorizadamente armada com dispositivos nucleares.

Na última terça (9) durante comunicação ao Senado dos Estados Unidos da América (EUA), em Washington, o almirante Philip Davidson, Comandante do Comando Indo-Pacífico, disse que a Coreia do Norte representava o maior perigo imediato ao País e aliados. Isto porque o País, segundo ele, desobedecera suas ordens via Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e ainda por cima debochava das sanções, atrevendo-se a aumentar sua capacidade defensiva e dissuasiva para evitar ataques do imperialismo norte-americano.

O almirante quatro estrelas dos EUA insistiu no grande risco da Coreia do Norte aos interesses dos EUA e aliados, colocando todos do Indo-Pacífico em perigo iminente por causa de sua evolução bélica. Um cinismo muito grande, dado que os EUA é quem são a única nação a queimar mais de duas centenas de milhares de pessoas em duas explosões nucleares injustificadas!

Com atenção especial ao “parceiro”, melhor dizer “tutelada”, Coreia do Sul, a recomendação para garantir a segurança daquele país se dava sobre manter tropas norte-americanas de prontidão in lócus. Lembrando que 28.500 soldados dos EUA custaram a Coreia do Sul, em 2019, 870 milhões de dólares como sua parte no custeio de manutenção da operação militar.

Incrível como em plena decadência e esmagamento de seu próprio povo, a política imperialista continua sendo a do controle do mundo, dos quais lançam mão de contingentes e mais contingentes militares, para impor medo, auto recolhimento e se apoderar da administração dos escassos recursos naturais e das riquezas das nações.

No entanto, ao impor seus interesses sobre a Coreia do Norte, no meio do caminho os EUA se chocou também com China e uma Rússia. Estas duas nações foram acusadas pelos EUA de ato deliberado em colaborar com a rebelde Coreia do Norte para vencer as sanções impostas. Não por acaso, Joe Biden e Kamala Harris, presidente e vice dos EUA, mesmo criticando Trump como um maluco na Casa Branca – em todas as suas manifestações políticas enquanto fora presidente – intensificam o discurso contra China e Rússia.

O imperialismo quer calar a rebeldia da Coreia do Norte, pilhar livremente a região do Indo-Pacífico, mas lá não encontra um Brasil, uma Colômbia, um Chile, um Equador, um Uruguai, um Paraguai, nações submetidas quase completamente aos interesses dos EUA, mas sim a China e a Rússia, potências regionais não alinhadas ao imperialismo e com poderio bélico capaz de reagir à ofensiva dos EUA.

Biden e sua política para calar a autodeterminação da Coreia do Norte, via anexação pela Coreia do Sul, para finalizar o processo iniciado nos anos 1950, prova que não existe “mal menor” e que a esquerda mundial não compreende o que significa o imperialismo, ou seja, a fase superior do capitalismo.

Abaixo, trecho em tradução livre das páginas 38 e 39 da transcrição do “Testemunho” do Comandante Philip Davidson. (Íntegra da Reunião em vídeo e sua transcrição, em inglês, em https://www.armed-services.senate.gov/hearings/21-03-09-united-states-indo-pacific-command ):

“A Coreia do Norte representa um risco de segurança significativo para os Estados Unidos e nossos parceiros na região Indo-Pacifico. O país não deu passos significativos em direção à desnuclearização, apesar dos sinais promissores de desaceleração em 2018, e continua avançando em seu programa de armas estratégicas.

Pyongyang mantém um estoque diversificado e crescente de mísseis, e a Coréia do Norte revelou vários novos sistemas balísticos durante os desfiles militares no final de 2020 e início de 2021, incluindo dois SLBMs e um ICBM. Enquanto isso, o líder norte-coreano Kim Jong Un readotou uma postura belicosa em relação aos Estados Unidos.

Em dezembro de 2019, Kim declarou que não estava mais sujeito a uma moratória auto imposta nos testes de mísseis nucleares e de longo alcance.

No início 2021, ele caracterizou os Estados Unidos como o maior ou principal inimigo do Norte ao prometer fortalecer seu arsenal nuclear. Kim também identificou vários novos objetivos de modernização de armas em início de 2021, para incluir o desenvolvimento de armas nucleares táticas e veículos planadores hipersônicos e a melhoria da prontidão e precisão dos ICBMs da Coréia do Norte.

Os esforços de pesquisa e desenvolvimento de mísseis de Pyongyang, juntamente com sua busca contínua de material nuclear e tecnologia, são consistentes com o objetivo declarado do regime de ser capaz de atingir a pátria dos EUA.

Kim Jong Un tem demonstrado historicamente uma disposição para assumir um comportamento provocativo e escalonado que fomenta tensões regionais persistentes. Em 2020, Pyongyang aumentou sua retórica belicosa e postura destruindo o “Escritório de Articulação Intercoreano” e ameaçando retaliação adicional por supostas transgressões sul-coreanas.

A Coreia do Norte buscou uma abordagem mais moderada no final do ano, pois desviou a atenção para a recuperação de enchentes e os esforços de mitigação de COVID.

No entanto, continua a desenvolver novos – e atualizar os existentes – sistemas de armas convencionais que ameaçam a segurança e proteção de nossos parceiros regionais.

Em seu desfile militar de outubro de 2020, a Coreia do Norte revelou um sistema de mísseis guiados antitanque, artilharia auto propelida, um novo sistema SAM e radar de acompanhamento e foguetes/mísseis de grande calibre.

Além disso, Kim continua a pedir a adesão unilateral da Coréia do Sul ao Acordo Militar Abrangente de 2018 – e reiterou uma redução dos laços militares EUA-Coréia do Sul como uma pré-condição para um melhor envolvimento intercoreano – enquanto mantém uma postura provocativa em relação ao sul.

Desafiando a Resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSCRs), a Coreia do Norte continua a importar petróleo refinado por meio de transferências ilícitas de navio para navio e entregas diretas não declaradas por navios de bandeira estrangeira. USINDOPACOM apoia a aplicação do UNSCR e trabalha em estreita colaboração com nossos parceiros e aliados para interromper as transferências ilícitas de navio para navio.

Infelizmente, Pyongyang foi capaz de mitigar os efeitos desse esforço devido à aplicação de sanções relativamente frouxa de Pequim e Moscou. A estratégia de evasão de sanções de Pyongyang depende pesadamente nas redes de transporte marítimo da China, e muitas das transferências ilícitas ocorrem nas ou perto das águas territoriais da China.

Além disso, a Coreia do Norte atenua o efeito das sanções impostas pela ONU por meio de uma variedade de outras táticas de evasão ilícita. Pyongyang exporta carvão em violação das proibições da ONU, e os trabalhadores norte-coreanos continuam a trabalhar em todo o mundo, incluindo na RPC e na Rússia – seja ilegalmente ou através de brechas de visto – além do prazo de repatriação de dezembro de 2019 previsto na UNSCR 2397 (Resolução do Conselho de Segurança da ONU 2397)

Além disso, a atividade cibernética maliciosa continua sendo uma fonte significativa de receita para o regime. Por meio de roubo financeiro cibernético, campanhas de extorsão e criptojacking – em que a Coréia do Norte usa recursos de computação comprometidos para minerar moeda digital – a Coréia do Norte levanta receita ilícita para apoiar seus programas de desenvolvimento de armas.”

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