O ministro de Assuntos de Assentamentos de Israel, Tzachi Hanegbi, confirmou no domingo (7), as intenções do governo de avançar sobre territórios palestinos da Judeia e Samaria. O ministro não especificou a data quando ocorrerá a próxima anexação.
O plano era avançar significativamente nas anexações em julho do ano passado. Entretanto, aconteceu o adiamento por causa da pressão internacional. Os assentamentos israelenses em territórios palestinos são denunciados como medidas que violam os direitos territoriais do povo palestino e são condenados até mesmo pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Estado de Israel é uma base militar avançada do imperialismo no Oriente Médio. Os principais aliados dos Estados Unidos na região são justamente os israelenses. Em diversos episódios, estes últimos intervieram nos assuntos internos dos demais países da região, como Irã, Líbano e Síria. A política agressiva do país gera uma tensão e é um elemento de desestabilização política.
As Forças de Defesa de Israel bombardeiam frequentemente os territórios palestinos. Na Faixa de Gaza, elas mantêm uma política de bloqueio econômico que faz com que a população viva à beira da inanição. As anexações israelenses datam da Guerra dos Seis Dias (1967).
As Colinas de Golã são citadas como um território israelenses pelo ministro Tzachi Hanegbi. Na verdade, trata-se de um território pertencente aos sírios que permanece ocupado militarmente há mais de 50 anos.
O governo de Israel tem trabalho para normalizar as relações diplomáticas com os países árabes da região. Marrocos, Sudão, Emirados Árabes Unidos e Bahrein normalizaram suas relações, no que foram acusados de traidores da causa palestina. Há o projeto de montar uma coalizão militar com estes países, com a finalidade de se contrapor à influência regional dos iranianos no Oriente Médio.
É preciso que as nações árabes rechacem a política de anexações levada a cabo por Israel nos territórios palestinos. Se os israelenses lograrem êxito, a Palestina vai diminuir até ser completamente anexada. A causa palestina é uma luta pela independência e soberania nacionais de um povo oprimido pelo imperialismo.
Os Estados Unidos e Israel se posicionam contra o reconhecimento da soberania nacional da Palestina. É necessário destacar que os EUA são os principais financiadores das forças militares israelenses, com bilhões de dólares em armamento e treinamento por ano.