Os trabalhadores do setor metalúrgico na cidade de Blumenau (SC) deram um importante passo no sentido de romper com a paralisia política em que a classe operária foi colocada pelo conjunto de suas organizações políticas e criaram o Coletivo Luta Metalúrgica – Blumenau.
O coletivo nasce em meio ao show de horrores das eleições municipais de 2020, da eleição para mesa da Câmara dos Deputados e Senado, no combate à pandemia onde a esquerda nacional capitulou diante da direita golpista, abrindo caminho para a reciclagem dos elementos mais reacionários e danosos à classe trabalhadora, sob o pretexto da suposta “luta contra o fascismo”, demonstrando completa desorientação política dos partidos, e se configurando como um obstáculo na luta da classe operária. Como se não bastasse, muitos sindicatos simplesmente fecharam as portas durante a maior parte da pandemia do coronavírus, enquanto os trabalhadores continuam arriscando suas vidas em nome do lucro dos patrões.
O Coletivo Sindical Luta Metalúrgica – Blumenau é um coletivo de operários, ligada à Corrente Sindical Nacional Causa Operária que busca impulsionar uma luta pelos interesses reais da nossa categoria e da classe operária em geral.
Além da publicação e distribuição de boletins e outros materiais de interesse da classe operária, realizamos cursos de alfabetização, formação política, eventos de organização de nossa luta e confraternização. Entre em contato e participe. Você pode colaborar com este boletim enviando denúncias da sua fábrica (não divulgamos os autores), ajudando na distribuição etc.
Nesta semana, mais um passo foi dado no sentido do fortalecimento desta organização com o lançamento do boletim Luta Metalúrgica – Blumenau nº 1, na qual os operários colocam que “Contra as demissões é preciso ocupar as fábricas” em alusão aos recentes acontecimentos que ocorreram na Ford e tiveram por parte das direções sindicais uma capitulação gigantesca que colocou milhares de trabalhadores no desemprego. Além disso, o boletim denuncia que com o golpe de 2016, cerca de 17 indústrias fecharam por dia no Brasil, gerando uma onda de desemprego. Como centro da campanha do coletivo contra o salário de fome, os operários lançam mão da campanha por um salário mínimo vital de 5.000 mil reais.
O Boletim terá uma regularidade quinzenal e será distribuído nas portas de fábricas da cidade de Blumenau e região, buscando em primeiro lugar esclarecer e orientar politicamente a categoria metalúrgica, mas também recolher contatos dos setores mais avançados da categoria na cidade, chamando os operários para as reuniões de organização e atividade de formação política e de confraternização.
Para maiores informações entrar em contato pelo telefone/zap (47) 99155-2525.