O Secretário de Cultura da Prefeitura de São Paulo, Alê Youssef afirmou, em entrevista ao portal Splash, do UOL, que o setor cultural da maior cidade do país “entrou em 2021 levando porrada e sofrendo ataques”, bem como disse existir muita ideologização em relação a Cultura por parte do governo federal, através do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Youssef, o setor cultural foi o primeiro a sentir os impactos das medidas restritivas e deve, provavelmente, ser o último a ser normalizado futuramente.
Insta frisar que o secretário, que já fora filiado ao PT e pelo Rede, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, disse pensar que “a gente tem que fugir das radicalizações polarizadas que nos levaram a essa situação, de um governo totalmente descompromissado com valores democráticos…”. Interessante colocação do secretário, tendo em vista que a mesma o coloca numa posição de neutralidade, como se a política burguesa e golpista que o colocou neste posto que ocupa não tivesse responsabilidade na destruição diária que a cultura brasileira está sofrendo.
A pandemia tão somente agravou o problema da desvalorização cultural brasileira. Bolsonaro tão somente agravou o problema da desvalorização cultural brasileira. O embrião do problema, na realidade, advém do golpe de Estado sofrido pela presidenta Dilma Rousseff e a consequente expulsão do PT das entranhas do jogo político. Foi com a direita no poder que a Fundação Palmares, por exemplo, ficou sob o controle de um fascista.
Desta feita, Alê Youssef, sob a égide de Bruno Covas (prefeito de São Paulo) e João Doria (governador do Estado), administrador do setor cultural da maior metrópole da América do Sul, tenta se eximir de culpa ao colocar o desmonte cultural como consequência da pandemia e do presidente golpistas Jair Bolsonaro, escondendo que é também responsável do mesmo desastre político e cultural promovido pelos golpistas.