Bertha Zemelmacher tornou-se a consagrada Berta Zemel no teatro. Filha de poloneses, nascida em 1932, a atriz estreou em Hamlet, o Príncipe da Dinamarca, de Shakespeare, na inauguração do antigo Teatro Bela Vista, em 1956, atualmente Teatro Sérgio Cardoso. Participou de várias peças reconhecidas, como Romanoff e Julieta, de Peter Ustinov; de A menina sem nome, de Guilherme Figueiredo; de Mãe Coragem, do Brecht, entre outras, das quais recebeu vários prêmios, entre eles o Prêmio Saci, pelo jornal O Estado de S. Paulo e o Prêmio Moliére.
Casou-se com um militante da ALN (Aliança Libertadora Nacional), se envolveu com docência e depois de um longo período afastada dos palcos, voltou ao teatro e ao cinema, quando se aproxima de Nise da Silveira e resolve fazer uma peça sobre sua vida.
Na televisão, fez peças e novelas clássicas. Atuou em O Morro dos Ventos Uivantes, novela baseada no livro de Emily Brontë, assim como em outros trabalhos ao lado de atrizes como Fernanda Montenegro. Participou das novelas O Ébrio e protagonizou Vitória Bonelli, ambos sucessos na década de 1970; encenou Madalena, em Renúncia, na década de 1980; fez a professora Penny, em Malhação, na década de 1990; e outros trabalhos na TV já nos anos 2000, entre outras.
No cinema, fez mais de 15 filmes, entre eles: O quarto, de 1968; Que estranha forma de amar, de 1977; Desmundo, em 2002; e o Casamento de Romeu e Julieta, de 2004 que são exemplos de seus trabalhos que lhe renderam, desde a década de 1960, vários prêmios de melhor atriz e atriz coadjuvante.
Berta faleceu, aos 86 anos, de broncopneumonia, nesta última quinta-feira (25), e foi enterrada num cemitério da zona sul de São Paulo, onde nasceu.