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Genocído consentido

Instituto Federal-RS aprova retorno presencial mesmo sem vacina

Consup do IFRS, como Poncio Pilatus, "lava as mãos" e permite o farsesco ensino híbrido, colocando em risco alunos, professores, técnicos e tercerizado

O Conselho Superior (Consup) do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) aprovou, na sexta-feira passada (19/02), o retorno às aulas presenciais durante a pandemia. A decisão, tomada após uma reunião de mais de sete horas, aprovou a retomada das atividades no farsesco ensino híbrido, onde parte das aulas serão remotas e outra parte presencial.

A resolução tomada pelo Consup do IFRS prevê a abertura de laboratórios, mesmo que não haja aprovação do retorno no âmbito institucional, bastando apenas deliberação de colegiados de cursos sob supervisão de comitês de crise dos campi. Na prática, o que o Consup fez foi a política do “cada um por si”, ao omitir-se das suas responsabilidades, pois apenas o órgão máximo do IF tem a prerrogativa sobre o retorno ou não às atividades presenciais.

Todas as cidades onde há campi do IFRS, exceto Rio Grande, foram indicadas, pelo governo do estado do Rio Grande do Sul, com tarja preta, ou seja, altíssimo índice de contaminação. Na capital, Porto Alegre, há fila de mais de 100 pessoas esperando por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Os sindicatos Andes-SN e SINASEFE se posicionaram contra a decisão genocida tomada pelo irresponsável colegiado da instituição. Ambos possuem a política correta de que o retorno às atividades presenciais só devem ocorrer após a vacinação de professores, técnicos, estudantes e terceirizados.

A decisão do Consup do IFRS deve ser denunciada e fortemente combatida pelos profissionais da educação, estudantes e terceirizados. Não deve-se ter tolerância alguma com decisões que visam colocar em risco todos os integrantes da comunidade acadêmica e seus familiares. A pandemia avança não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo país.

Enquanto isto, governadores e prefeitos “científicos” e “civilizados” inventam fechamentos sem efeito algum, apenas para esconder que não foram capazes de aplicar uma política que procurasse resolver a situação. Ocorreu o oposto. Mesmo nos poucos meses onde houve um nível de isolamento, a maioria da população foi jogada em ônibus e metrôs lotados. Tão logo a situação parecia controlada, os “científicos” fecharam até mesmo os hospitais de campanha, que já eram improvisados. Isto mostra que não há diferença real entre os “civilizados” e o governo genocida e ilegítimo de Jair Bolsonaro, todos trabalham para massacrar o povo, diferenciando-se apenas no vazio discurso.

Neste momento, a situação é crítica, não é momento nem de se cogitar retorno às atividades presenciais. Pelo contrário, deve-se lutar pelo direito de vacinação para todos e que a volta às aulas só ocorra com a vacina e o fim da pandemia.

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