Os petroleiros da refinaria Landulpho Alves (Rlam), que entraram em greve na última quinta-feira (18), após a direção da Petrobras chamar o Sindipetro da Bahia, encerraram a paralisação.
Em seu portal na internet, no mesmo dia em que se deu inicio à greve, a Federação Única dos Petroleiros (FUT) anunciou que a estatal esboçou o desejo de abrir negociações, apesar de não mostrarem qual seria o tema que seria discutido.
A direção do Sindipetro- BA, para justificar a paralisação que começou muito forte, inclusive com manifestações de apoio dos petroleiros de todo o país, o coordenador do sindicato, Jairo Batista disse que, diante da possibilidade colocada pela direção da estatal, “para realizar uma greve legal é preciso haver um impasse negocial e diante do comunicado da Petrobrás externando sua vontade de exaurir a negociação, o sindicato, aconselhado, inclusive por sua assessoria jurídica, decidiu pela suspensão da greve e retorno à mesa de negociação”. Porem, não há impasse, a Rlam foi anunciada como vendida, foi privatizada, este é o ponto em questão. A não ser que tenha algo concreto e que prove o contrário, mesmo porque não há nenhum indício de isso tenha ocorrido, neste caso o recuo se apresenta como uma capitulação.
Mas parece que a privatização da refinaria é algo menor, de acordo com a sequência do artigo onde dez: “o Sindipetro informa que o estado de greve está mantido e que a decisão de suspender o movimento paredista é uma tentativa de avançar na pauta de reivindicações da categoria, especialmente no que diz respeito aos trabalhadores próprios e terceirizados da Rlam e seus terminais, que vivem um clima de insegurança e apreensão devido ao anúncio da venda da refinaria ao fundo árabe Mubadala. A entidade sindical, que é rigorosamente contra a venda da Rlam, quer garantir a manutenção dos direitos, empregos, benefícios e salários desses trabalhadores e discutir as contratações e o futuro dos atuais contratos de trabalho, do fim dos assédios aos trabalhadores e da garantia de um ambiente laboral saudável, caso não consiga evitar a conclusão do processo de venda da Rlam, apesar dos esforços que vêm sendo feitos nesse sentido.
Não se pode dar de barato o patrimônio do povo brasileiro que o Bolsonaro, bem como seus asseclas estão fazendo, ou seja, querem aumentar o contingente de desempregados e se desfazer de todo o patrimônio do povo brasileiro. Portanto, a greve deveria ter continuado. A direção dos petroleiros da Bahia disseram que, se não tiverem avanço nas negociações retornarão à greve. Ou seja, é deixar passar uma oportunidade de ouro, a de negociar em iguais condições, quer entregar a Petrobras, os trabalhadores não irão deixar, por isso estão de braços cruzados.
Nem é preciso dizer que o governo, aos poucos está entregando todos os ativos da Petrobras, mas também está em seu plano a entrega de praticamente, todo o patrimônio do povo brasileiro, como os bancos, a exemplo da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, onde estão fechando inúmeras agências e postos e preparando para demitir uma avalanche de trabalhadores, Correios, Casa da Moeda, Serpro, Eletrobrás, Datamec, etc.. Mesmo com todo esse ataque, apesar de ter ocorrido lutas dos trabalhadores, uma serie de sindicatos preferiram aderir a ideia de ficar em casa e deixar os trabalhadores à própria sorte, a exemplo do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos que fizeram “assembleias” virtuais, a exemplo de uma das maiores empresas da categoria, a Embraer demitiu mais de 2.500 trabalhadores.
É Preciso da unificação das lutas dos servidores, bem como, todo o apoio das demais entidades sindicatos dos trabalhadores, das organizações populares e sociais, com a coordenação da CUT par impor uma derrota a tamanha brutalidade que o governo fascista de Bolsonaro está fazendo ao povo brasileiro.
Greve com ocupação das instalações