A greve dos profissionais em Educação iniciada no último dia 10, após assembleias online de sindicatos como Sedin e Sindsep e live reunindo o conjunto dos sindicatos de servidores (Sedin, Sindsep, Aprofem, Sinpeem, Sinesp) que contam com trabalhadores da educação foi um importante acerto. Tal decisão teve como pressão a exigência da categoria em cima dos sindicatos, em especial sobre o Sinpeem, que há um ano fechou suas portas e nenhuma mobilização realizou em todo este período. Essa pressão, revolta e desejo de mobilização se expressou nos mais de 5.200 profissionais da educação que participaram da live e não tendo direito a fala, esses milhares se manifestaram através do chat e de maneira praticamente unânime as reivindicações eram de: greve já, assembleia, retorno só com vacinação, entre outros.
Ainda a deflagração da greve dos profissionais em educação do município de São Paulo, foi um reflexo do impulso da aprovação da greve na rede estadual de São Paulo com a Apeoesp no último dia 5, após assembleias regionais do sindicato estadual, a Apeoesp.
O maior sindicato de profissionais da educação do país, com mais de 80 mil trabalhadores na base, o Sinpeem, precisa sair imediatamente da paralisia em que sua direção o coloca. Antes da paralisação a direção do Sinpeem encaminhou através do site do sindicato enquete entre todos os seus filiados para tomar decisão sobre a greve, onde disponibilizou em seu site consulta sobre o posicionamento dos seus filiados sobre a questão de segurança nas unidades educacional e a possibilidade de greve da categoria contra a determinação do governo de Bruno Covas de insistir na retomada das atividades presenciais. No entanto, o resultado de tal enquete sequer foi disponibilizado para conhecimento da categoria, o que mostra um trabalho contra a mobilização escondendo até mesmo informações da categoria.
Logo após a aprovação da greve pelas direções sindicais como resultado da tamanha pressão da base, seu presidente, o ex vereador pelo PPS da base tucana Cláudio“Dória-Covas”Fonseca em live individual, orientou toda a categoria, um dia antes do ato aprovado pelo coletivo dos sindicatos, a ficar em casa, ou seja, enfraquecer diretamente o primeiro ato de rua, seguido de carreata, que ocorreria um dia depois. Tal posição se colocando abertamente contra os encaminhamentos frágeis, mas que começaram a destravar o freio de mão imposto pelas direções sindicais em sua quarentena de um ano, é defender a política tucana de genocídio de Covas – Dória que jogam todo o peso econômico no ataque aos professores com uso da imprensa golpista que ataca os professores impondo a ideologia de que professores são “vagabundos”.
Contra isso, contra a paralisia das direções como a do Sinpeem, é necessário organizar comandos de greve ir para as escolas conversar com professores e comunidade escolar, como a Corrente Educadores em Luta vem fazendo por todo o Estado, seja nas escolas estaduais, seja nas escolas da rede municipal, organizar comandos, agrupando os ativistas, os setores combativos das categorias e realizar atividades junto a população como realização panfletagens nos locais de grande transito da população, terminais de ônibus, metrô, assim como colagens nas regiões das escolas e de grande concentração denunciando o genocídio de Bolsonaro- Dória e Covas.
A mobilização da categoria é necessária até mesmo para colocar para correr os setores fascistas financiados pelo capital, ou representantes do capital, como é o grupo “Escolas Abertas”, que nesta semana avisado pelo governo fascista de Bruno Covas se dirigiu com uma enorme claque de madames e donas de escolas particulares para ofender e humilhar professores e professoras que para lá se dirigiram para discutir com a secretaria municipal de saúde o crime da volta às aulas. Os fascistas estão saindo às ruas para defender os seus interesses, que é o econômico, o que os move é o dinheiro e pra isso eles estão dispostos a matar, então ficar em casa como propõe Cláudio Fonseca do Sinpeem não é o caminho, é necessário ter muitos cuidados sanitários, mas não realizar tal mobilização é colaborar no aumento do genocídio e com a reabertura das escolas.
Assim com tais ações, decididas, estaremos impulsionando a luta e pressionando o agrupamento dos professores que ainda não aderiram à greve municipal ou até mesmo estadual a entrarem na mobilização ampliando a greve em todo o Estado e animando centenas de outras prefeituras a seguir a mesma luta, no sentido da greve nacional de toda educação no Brasil.
O momento da luta é agora, a deflagração da greve em duas das maiores categorias do Estado de São Paulo, a dos professores municipais e os professores estaduais é um impulso importantíssimo, vital.
Pois a luta é uma só, não ao genocídio com greve geral da educação, volta as aulas só com o fim da pandemia. Além disso, a campanha contra a volta as aulas necessita sair das redes sociais e seguindo o exemplo do ato da última quarta-feira dos professores municipais sair às ruas para encurralar os governos genocidas e seus servos nazistas na secretaria da educação e da saúde.