Seguindo a orientação geral da burguesia de retomada de todas as atividades em meio a pandemia Psol e PCdoB defendem e organizam a volta às aulas. Em S. Paulo o governo genocida de João Doria retomou as atividades escolares no último dia 8 de fevereiro, colocando risco milhares de vidas, de professores a estudantes, além de toda comunidade escolar. Os demais governos também seguem na mesma política.
Ao mesmo tempo o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) deliberou greve contra o retorno das aulas. Enquanto que a Corrente Educadores em Luta (PCO) defendeu que as aulas fossem retomadas apenas com o fim da pandemia e com a vacina, ou seja, que os professores entrassem em greve geral, a corrente ligada ao grupo Resistência, do Psol, se opôs a proposta defendendo que uma possível greve fosse apenas discutida em um próximo encontro, no dia 12. Ocorre, no entanto, que se sua proposta fosse aceita, as aulas já estariam vigentes e o sindicato nada faria.
Esse grupo e demais grupos ligados ao Psol também se opuseram em outras assembleias regionais a proposta de greve contra a reabertura. Se disfarçam de oposição quando estão há vários anos na diretoria do Sindicato.
Já o PCdoB, partido que dirige importantes organizações estudantis tem sentado a mesa com os representantes dos governos para organizarem a reabertura das escolas. Uma política extremamente criminosa.
Em diversas cidades, como São Paulo, reuniram-se com secretários de educação para discutirem e organizarem o retorno das aulas. Colocam-se ao lado dos governos genocidas, como de João Doria, tornando-se seus aliados.
A soma de vidas ceifadas pela pandemia no Brasil já ultrapassa os 230 mil e temos ainda quase 10 milhões de infectados. É um absurdo uma entidade que se reivindica em defesa dos estudantes não apenas defender mas organizar junto aos governantes o retorno de uma atividade que acarretará milhões de infecções e mais mortes.
O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), em outro momento, também defendeu o retorno das aulas. Publicou um artigo na revista Carta Capital intitulado “UNE: A volta às aulas é urgente. Precisamos vacinar os profissionais da educação”.
A pressa pelo retorno das atividades escolares é uma exigência dos capitalistas, em primeiro lugar, dos banqueiros. O prejuízo econômico causado pela paralisação deste setor é enorme. São milhões de estudantes, do ensino mais básico ao superior, que representam uma grande movimentação econômica diariamente.
O dever das entidades estudantis, de profissionais da educação, nesse momento em que os governos decidiram colocar em prática a reabertura das escolas é defender a greve geral da educação para que essa reabertura seja realizada apenas com o fim da pandemia.
Acontece, no entanto, que a esquerda pequeno burguesa está a reboque da política da direita golpista em mais essa situação. Não possuem política independente. Não denunciar o genocídio do povo brasileiro e se colocar agressivamente contra todas as medidas que irão agravar essa situação é ser aliado desta direita.
A Aliança da Juventude Revolucionária e a Corrente Educadores em Luta (PCO) se opõem frontalmente ao retorno das aulas e estão realizando uma campanha pela greve geral da educação contra a reabertura.