Em plena época de pandemia, o país inteiro sofrerá um aumento da conta de luz que pode chegar a 14,5%, além de dívidas contraídas em 2020 que serão repassadas ao consumidor em 2021. As tarifas residenciais de energia deverão ter um aumento médio de 14,5% em 2021. A projeção foi feita pela TR Soluções, empresa de tecnologia aplicada ao setor elétrico, por meio do Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (SETE), onde foram consideradas 53 distribuidoras do país, além de sete permissionárias.
Com a desculpa do Covid-19, para na verdade roubar mais dinheiro do trabalhador e deixá-lo ainda mais na miséria. Segundo o presidente da Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace), Paulo Pedrosa: “A medida permite que o aumento da tarifa que ficaria concentrado em dois anos seja diluído por cinco. Foi a forma encontrada para que os consumidores não sintam tanto o impacto.” Isso é um crime no meio de uma crise econômica e sanitária dessas que o mundo está passando, que serve para mascarar o genocídio que estão promovendo contra o povo.
Segundo Helder Sousa, diretor de Regulação da TR: “Na pandemia, as empresas ficaram subcontratadas, e receberam valores bem mais baixos do que os preços que tinham comprado das geradoras. Elas ficaram com passivo financeiro, e tiveram um socorro. Os custos serão repassados aos consumidores, mas foram postergados. Nas tarifas de 2021, 1/5 dos custo vai ser reconhecido. Tudo será pago em 60 meses. Se não fosse a “conta covid” teria um reajuste tarifário muito maior. O objetivo foi reduzir o impacto para os consumidores, em vez de se cobrar tudo de uma vez.”
Um socorro para as distribuidoras, ou seja, o governo federal criou a conta Covid, com intuito de salvar o capital e usar como desculpa que seria para suavizar o aumento da conta de luz. Isso tudo é uma arquitetação da direita fascista para privatização das empresas de energia elétrica pensando apenas no capital e não se importando com a vida das pessoas. Pois um exemplo de como isso pode causar a morte de alguém são os consumidores que têm equipamentos essenciais à vida e que precisam da energia elétrica para funcionar.
Nessa situação atual, de pandemia e crise capitalista, o governo não deveria aumentar a conta de luz, mais certo seria deixar de cobrar, como também a de água, gás, aluguel, entre vários serviços que sempre foram taxados. E mais importante também, os preços dos produtos básicos deveriam ter um valor mínimo ou até mesmo uma distribuição gratuita até o fim do Covid-19.
O que precisa para isso acontecer é uma campanha nacional, controlada pelos movimentos populares, de vigilância diante desses aumentos, das especulações, exigindo uma campanha de vacinação controlada pelo povo, o auxílio emergencial de pelo menos 1 salário mínimo per capita, a distribuição de alimentos essenciais, estatização de todos os serviços públicos de saúde, como os hospitais, entre outras coisas que garantam a sobrevivência da população sem maiores sofrimentos.