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Ocupar a fábrica

Manaus poderia ter sido salva caso a Fafen não fosse privatizada

Com a política assassina dos governo Bolsonaro, o país está se aproximando dos 10 milhões de contaminados no país e está destruindo toda a saúde pública

Se alguém, por desconhecimento ou qualquer outro motivo, achava que o fascista Bolsonaro, que se apossou do governo em uma eleição fraudulenta iria realizar algo em beneficio do povo brasileiro, pode tirar suas conclusões quanto ao ataque desferido, principalmente a classe trabalhadora e a população explorada, diante da pandemia do coronavírus no Brasil.

Um dos exemplos são os mais de 215 mil mortos pelo coronavírus e mais de 1.000 sucumbindo todos os dias e 8.800.000, oficialmente, contaminados até hoje.

A situação é trágica em todo o país, mas a irresponsabilidade desse genocida, bem como o conjunto dos governadores e prefeitos espalhados por todos os cantos.

No entanto, um caso que vem sendo noticia todos os dias por esse Diário é o do estado do Amazonas, onde o colapso da saúde pública é, por demais agravado  por conta desse governo assassino.

O DCO, denunciou a situação catastrófica que reina no maior Estado do País em termos de extensão de terras e que vem sendo vilipendiada pela total negligencia dos órgãos públicos. O Estado do Amazonas contabilizava mais de 230 mil pessoas infectadas e quase seis mil mortes. Somente em Manaus morreram, em dados oficiais, quase quatro mil pessoas desde o início da pandemia, número que pode ser muito maior devido ao controle fraudulento exercido sobre a divulgação dos dados e da falta de testes em milhares de pessoas mortas.

A cidade no início da pandemia em 2020 foi uma das cidades mais afetadas no País e naquela ocasião também o sistema de saúde entrou em colapso. Lançando mão da única política que dispunha, o limitadíssimo isolamento social, os governos no País inteiro maquiaram a situação da pandemia como se essa estivesse em um leve declínio. A proximidade das eleições e a sua realização o milagre, a pandemia simplesmente desapareceu no país. Logo após as eleições o vírus ressurge ainda mais devastador do que antes. Nesse ínterim, os governos não fizeram absolutamente nada para conter o vírus, excetuando a demagogia barata de certos governadores como João Doria.

Política nefasta

Estamos vendo o resultado criminoso dessa política, os hospitais não tem sequer o produto primordial para fazer com que os contaminados pelo Covid-19 tenham a possibilidade de sobreviver, no entanto esse produto não existia em praticamente todos os hospitais do estado do amazonas, sondo que tínhamos em pleno funcionamento, no início de 2020 uma empresa, ligada à Petrobras, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) que sozinha produziria, por dia 720.000 metros cúbicos desse produto tão essencial e, os genocidas do governo golpista simplesmente a fecharam.

A Fafen foi palco de uma das maiores lutas dos petroleiros, onde ocorreu uma greve que teve início no primeiro dia do mês fevereiro e duraram 21 dias, no entanto, preferiram entregar a decisão da luta dos trabalhadores nas mãos do braço direito do governo, do Tribunal Superior do (TST) que, ao longo de sua existência nunca defendeu qualquer pauta de reivindicações que favorecesse aos trabalhadores. Temos exemplos recentes, como a diminuição da pauta dos trabalhadores dos Correios, bem como, a privatização do plano de saúde dos ecestistas, com a ajuda do Supremo Tribunal Federal (STF).

Alexandre dos Santos, coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná (Sindiquimica-PR). Segundo ele, o oxigênio utilizado pela Fafen tinha pureza de 100% e a capacidade de produção total da fábrica de Araucária era de 700 mil metros cúbicos (m3) de oxigênio por dia. Considerando que cada cilindro do gás medicinal tenha 1 m3, a Petrobras poderia produzir 700 mil cilindros de oxigênio por dia.

A fábrica, localizada em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está fechada desde março de 2020 e, é uma das várias estatais que estão prestes a ser privatizada. Com a situação nos hospitais de Manaus, em que centenas de pacientes morrem por asfixia diariamente, a produção da empresa poderia retomar e suprir a necessidade da saúde em relação ao oxigênio hospitalar, afirmam especialistas.

Solidariedade da América Latina

Diante da situação alarmante, precisou do país vizinho, a Venezuela através de seu chefe de estado, o presidente Nicolas Maduro fazer uma doação ao estado do Amazonas de 138.000 metros cúbicos de oxigênio, cujo comboio de caminhões com cilindros chegou na última terça-feira (19).

Em depoimento, o ministro de Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, informou em seu Twitter, que o oxigênio bolivariano chegou, agora de noite, por volta das 22h, desta terça-feira (19), em Manaus. “Chega em Manaus, os primeiros caminhões com os cilindros de oxigênio enviado pelo presidente Nicolás Maduro para atender a crise sanitária ocasionada pela pandemia. Verdadeira solidariedade! Verdadeira ajuda humanitária!”, declara o ministro nas redes sociais.

Pedido ao judiciário golpista

Diante da situação de hecatombe social, o PT resolveu que o Superior Tribunal Federal (STF), os golpistas que autorizaram o fascista Bolsonaro e seus pupilos, como o banqueiro, neoliberal e ministro da economia Paulo Guedes, bem como seu amigo de faculdade, o Chicago Boy Roberto Castello Branco, que fechou a Fafen, para que eles interfiram no governo, ao qual o STF é seu braço direito, que, conforme o artigo de quinta-feira (21), “em nova manifestação ao Supremo Tribunal Federal, PT pede a reabertura da Fafen-PR”.

Segundo o partido, “que poderia produzir oxigênio e está desativada desde janeiro de 2020.” No pedido, também questiona documentos da Advocacia-Geral da União entregues ao STF que contém informações contraditórias, não apresenta plano para controle da crise sanitária e não adota medidas para o abastecimento de oxigênio na capital amazonense.

Sob o controle dos operários

A única forma de resolver a situação não é pedir àqueles que estão elevando a crise no Brasil ao extremo, ou seja, o próprio governo golpista, aos parlamentares do Congresso Nacional golpista, tanto da Câmara dos Deputados, quanto do Senado Federal, bem como do judiciário, braço direito do governo, de acreditar que as questões que referem à classe trabalhadora e à população explorada sejam resolvidas por eles, mas através da ocupação da fábrica, expropriando-a. Onde os próprios trabalhadores tomam o controle da produção para si.

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