Como resultado da política neoliberal assassina, de supostamente defender a economia e que já levou mais de 200 mil pessoas à morte, enquanto nenhuma medida efetiva de combate ou cerceamento da proliferação da Covid-19 foi tomada, agora governos estaduais e municipais de todo o País procuram meios de impor a retomada das aulas presenciais nas redes públicas e privadas.
Vários governadores estão propondo a volta as aulas no momento em que a nova cepa descoberta na Inglaterra e que também já está no Brasil apresentam percentual contagioso de 56% superior ao Covid 19 que já matou mais de 200 mil pessoas no Brasil.
No entanto, nenhuma medida séria foi adotada por qualquer governo para conter o avanço da Covid-19 no País. Pelo contrário, como já não bastassem ônibus e metrôs lotados em todo o país desde o primeiro dia da falsa quarentena, inexistência de testagens para poder isolar com precisão a enorme maioria dos casos, fechamento de centenas de hospitais de campanha durante a pandemia, UTIs pelo país afora entrando em colapso agora querem reabrir as escolas em todo o país.
O governador João Dória e seu pupilo na capital Bruno Covas querem reabrir as escolas, mas na capital paulista importantes hospitais da periferia da cidade, como a Santa Casa de Santo Amaro e o Hospital Vila Santa Catarina chegaram a 100% de ocupação. Na Zona Norte, o Hospital da Brasilândia tem 48 leitos vagos dos 188 disponíveis para a doença, 74% de ocupação, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.
Em Pernambuco, sob a administração do burguês Paulo Câmara do PSB, que em outubro passado autorizou a volta das aulas presenciais na rede particular de ensino, a ocupação de UTIs no Estado subiu para 80% e de enfermaria para 66% nas últimas semanas, frente a enorme crise, governo patina e ainda estuda reabrir os 102 leitos de terapia intensiva no hospital de campanha de Petrolina.
Em Minas gerais na cidade de Mariana uma unidade de campanha local já estava pronta há pelo menos dois meses, mas só foi usada a partir do fim do ano, quando os hospitais de Mariana e de Ouro Preto atingiram 100% de lotação nas UTIs.
No entanto agora, estes criminosos a frente dos governos das três esferas(federal, estadual e municipais) que procuram jogar a culpa da contaminação na população, autorizam vestibulares, como ocorreu no último final de semana com a realização do maior vestibular do país, a Fuvest em São Paulo.
Este é mais um fato que derruba por terra colocações da direita e setores da esquerda de que “só tem contaminação na praia, baile funk…”, evidenciando o preconceito contra tudo que diz respeito ao povo.
A aglomeração nos campus onde ocorreu a realização das provas foi enorme, em vários locais a própria imprensa burguesa documentou a aberração ocorrida onde o governo João Dória jogou mais de 140 mil pessoas entre funcionários e estudantes ao risco eminente de contaminação. No entanto, a realização dos vestibulares da morte, são, também mais um instrumento da campanha e da pressão da burguesia pela reabertura imediata das escolas.
Mas dados recentes do Reino Unido, evidenciam ainda mais a política criminosa do retorno às aulas.
As Escolas são de longe o local mais perigoso no Reino Unido para o contágio pela Covid 19, elas já representam mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em todo o mundo, no comércio as pessoas não vão todo dia, mas às escolas, sim, isso é fator preponderante de risco para estudantes, educadores e familiares.
De acordo com a pesquisa britânica do relatório do sistema público de saúde do Reino Unido, as escolas foram responsáveis por três vezes mais possíveis surtos de covid do que hospitais desde outubro. Os dados apontam que 26% dos grupos de infecções investigados estavam ligadas a instituições (creches, escolas primárias e secundárias e universidades) de ensino no Reino Unido, o segundo maior local de contaminação atrás apenas das Casas de repouso que atendem a população idosa e existem aos milhares no país europeu diferente do Brasil.
Veja a seguir os percentuais de contaminação apresentados pelo governo britânico:
Casas de repouso: 32,5% (3.326 casos), escolas: 26,6% (2.722), locais de trabalho: 17,4% (1.782), Hospitais: 8% (816) , restaurantes 1,6% (168), prisões: 0,4% (38) e outros: 13,6% (1.398).
Frente a todo ataque arquitetado contra a população, João Dória o governador “científico” apoiado até mesmo pelo direitista Tarso Genro, ex governador do PT do Rio Grande do Sul, é a linha de frente da direita, dos bancos pela volta às aulas. No Estado de São Paulo o playboy genocida, com o auxílio do seu secretário da educação, o aprendiz de nazi fascista, Rossieli Soares da Silva, impuseram o retorno das aulas na maior rede de ensino do Brasil para o próximo dia 1° de Fevereiro. Seguindo o exemplo do presidenciável da Frente ampla João Dória, os governos estaduais do Paraná, Goiás, Amapá, Pará e do Mato Grosso do Sul anunciaram também a volta às aulas presenciais.
Contra tais ataques, a Corrente Educadores em Luta chama a mobilizar e exigir que os sindicatos da educação de todo o país, a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) convoquem imediatamente a mobilização dos professores e de toda a comunidade escolar do país com atos, assembleias, passeatas para unir pais, alunos e educadores por greve geral da educação contra o genocídio fascista em marcha no país. Volta às aulas só com vacina e imunização de todo o povo.