Previous slide
Next slide

Cultura brasileiríssima

Festival de Viola Caipira promove as raízes culturais brasileiras

Evento mergulha nas raízes culturais do interior, exaltando a viola caipira como instrumento presente nas manifestações populares tradicionais que compõem a cultura Brasileira.

A 3ª edição do Festival de Arte Vale do Paraíba – Tributo à Pena Branca e Xavantinho, ocorrerá de 06 a 10 de janeiro de 2021, em formato on-line com transmissão gratuita pelo Facebook e Youtube. O festival reúne artistas representantes da cultura do interior do país, com apresentações musicais, contação de causos, grupos de manifestação cultural tradicional, palestras sobre cultura popular e oficina de luteria de viola caipira.

O evento tem se consolidado como um importante canal de valorização e compartilhamento da produção artística brasileira, nesta edição, homenagearão Pena Branca e Xavantinho, dupla ganhadora do Grammy Latino e considerada um marco no cenário artístico brasileiro, por terem feito a música caipira ser conhecida e respeitada dentro e fora do país. Artistas da nova geração da música regional farão uma ode à memória de uma das duplas mais emblemáticas de todos os tempos. Artistas que cantavam os lamentos da vida na roça, os desafios do homem do campo, a preservação da natureza, da identidade e da história oral desse povo.

A música caipira que tem como ícone a viola caipira – patrimônio histórico e artístico, também conhecida por viola sertaneja, nordestina, cabocla ou brasileira, se desenvolveu pelo interior do Brasil, nos séculos 15, 16 e 17, a partir da afirmação religiosa jesuíta. Hoje abriga diversas composições de afinações próprias, onde a sensibilidade artística, subjetividade e linguagem popular, revelam matrizes culturais de heranças adquiridas de uma variedade de povos do Brasil.

Nesse sentido, o Festival de Arte Vale do Paraíba promove a valorização das raízes culturais brasileiras, realçando a autentica expressão da música, de identidade e valores inerentes do Brasil interiorano, caipira e sertanejo. Ao mesmo tempo em que estimula a introdução de elementos que renovam a cultura, ao estabelecer diálogos com as novas gerações de artistas promovendo a atualização da produção artística popular contemporânea.

O evento tem apoio cultural da Casa de Oswaldo Cruz (São Luiz do Paraitinga) e do SESI São José dos Campos, onde foram gravadas as apresentações com mediação do cantor, compositor, instrumentista e pesquisador Cláudio Lacerda, importante nome do gênero caipira, que já atuou em parceria com Pena Branca, um dos grandes homenageados. Foram gravadas 60 releituras da obra de Pena Branca e Xavantinho, como os clássicos: Calix Bento, Cio da Terra, Cuitelinho, Triste Berrante, Tristeza do Jeca, entre outras canções marcantes da trajetória da dupla.

A realização do projeto é do Governo do Estado de São Paulo, pela Secretaria da Cultura e Economia Criativa e foi contemplado pelo ProAC Editais, com idealização da In Totum Cultura Criativa e produção artística da Carretel Music.

Abrindo o festival, o violeiro e compositor Fábio Miranda apresenta um solo musical com pitadas de brincadeiras, causos, poesias e truques inspirados nos pássaros, com canções como “A vida no campo” (Juraildes da Cruz), “O grande sertão” (Xavantinho) e “A Mata Gemeu” (Maria Chiquinha/Xavantinho) convidando o público a voar nas asas da imaginação.

Na sequência, Ricardo Zoyo, Priscila Brigante e Ana Rodrigues, músicos que acompanharam Pena Branca, se juntam ao cantador Cláudio Lacerda, que dividiu o palco com Pena Branca em sua última apresentação, relembram histórias e grandes sucessos. Ao cantarem “De papo pro ar” (Joubert Carvalho/Olegário Mariano), “Quebra de milho” (Manuelito/Tom Andrade), “Santos Reis/Reisado (Teddy Vieira) e “Cuitelinho” (Antônio Xandô/Paulo Vanzolini), os artistas transmitem a paixão pela herança musical dos sertanejos, apresentando o olhar do homem do campo e seus valores.

A dupla Joaquim & José apresenta “Que terreiro é esse? ” (Xavantinho) e “Vaca Estrela e Boi Fubá” (Patativa do Assaré), além da composição autoral “Saga do Cerrado”, inspirada em uma viagem ao Cerrado “o Berço das Águas” envolta a muitas reflexões sobre a importância de valorizar nossas raízes, a natureza e seus biomas que tudo nos provém. Mais um legado de Pena Branca & Xavantinho.

“Meu primeiro contato com a dupla foi ao escutar a música “O ciúme” de Caetano Veloso, gravada pelo Pena Branca. Uma música sofisticada com uma melodia cheia de detalhes”. Comenta Osni Ribeiro, compositor, violeiro e produtor musical, no bate-papo com Cláudio Lacerda, com participação de Arnaldo Silva, compositor, produtor musical, músico e ator. No repertório os músicos apresentam “O ciúme” (Caetano Veloso), “Triste Berrante” (Adauto Santos) e “O Cio da Terra” (Adauto Santos).

Fruto da nova geração da Música Brasileira, Léo Vieira se junta a Antony Ventura para apresentar clássicos da música popular, como “Luar do Sertão” (Catulo da Paixão Cearence/João Pernambuco), “Casinha de aço” (Roque José de Almeida/Teddy Vieira e “Chalana” (Arlindo Pinto/Mário Zan), trazendo ao público a leveza, singeleza e doçura do universo sertanejo, encerrando o primeiro dia do festival.

Onde assistir o 3º Festival de Arte Vale do Paraíba – Tributo à Pena Branca e Xavantinho:

www.facebook.com/intotumeventos  ou  www.festivaldeartevaledoparaiba.com

www.youtube.com/channel/UCo6KdMUgV3PJXIVZDYzgJPw/videos

Acompanhe a programação:

6 de janeiro de 2021 – Quarta-feira – Horário: a partir de 20h00

– Show de abertura, com Fábio Miranda (Maestro Sabiá)

– Claudio Lacerda, Ricardo Zoyo, Priscila Brigante e Ana Rodriguês

– Joaquim e José

– Osni Ribeiro e Arnaldo Silva

– Léo Vieira & Antony Ventura

7 de janeiro de 2021 – Quinta-feira – Horário: a partir de 20h00

– João Oliveira

– Nô Stopa e Juninho Serafranny

– Anderson Martins

– Caio de Souza

– Lia Marques e Léo Couto

– Grupo Paranga

8 de janeiro de 2021 – Sexta-feira – Horário: a partir de 20h00

– Fabrício Conde

– Rodrigo Zanc e Claudio Lacerda

– Luiz Salgado

– Letícia Leal

9 de janeiro de 2021 – Sábado – Horário: a partir de 20h00

– Noel Andrade, Felipe Câmara, Edu Malta

– Bruno Sanches

– Jackson Ricarte

– Moreno Overá e Rafael Gandolfo

10 de janeiro de 2021 – Domingo – Horário: a partir de 20h00

– Oficina de lutheria com Luciano Queiroz

– Folia de Reis Bom Jesus do Buquirinha – Mediador: Cláudio Lacerda – Convidados: Luciano Batista (Mestre de Folia de Reis), José Ricardo (Contramestre de Folia de Reis) e Ari Pereira (Tocador de rabeca / Articulador Cultural)

– Grupo de Jongo Mistura da Raça – Mediador: Cláudio Lacerda – Convidados: Laudeni de Souza (Mestre Jongueiro), Márcia Cunha (Jongueira / Articuladora Cultural) e a senhora Dona Adélia (Matriarca da família)

– Maracatu Baque do Vale

– Palestra Show com João Oliveira e Luiz Salgado (encontro foi filmado na Casa Oswaldo Cruz)

Gostou do artigo? Faça uma doação!

Rolar para cima

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Diferentemente de outros portais , mesmo os progressistas, você não verá anúncios de empresas aqui. Não temos financiamento ou qualquer patrocínio dos grandes capitalistas. Isso porque entre nós e eles existe uma incompatibilidade absoluta — são os nossos inimigos. 

Estamos comprometidos incondicionalmente com a defesa dos interesses dos trabalhadores, do povo pobre e oprimido. Somos um jornal classista, aberto e gratuito, e queremos continuar assim. Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.

Quero saber mais antes de contribuir

 

Apoie um jornal vermelho, revolucionário e independente

Em tempos em que a burguesia tenta apagar as linhas que separam a direita da esquerda, os golpistas dos lutadores contra o golpe; em tempos em que a burguesia tenta substituir o vermelho pelo verde e amarelo nas ruas e infiltrar verdadeiros inimigos do povo dentro do movimento popular, o Diário Causa Operária se coloca na linha de frente do enfrentamento contra tudo isso. 

Se já houve um momento para contribuir com o DCO, este momento é agora. ; Qualquer contribuição, grande ou pequena, faz tremenda diferença. Apoie o DCO com doações a partir de R$ 20,00 . Obrigado.