No início desta semana, o Governo Doria declarou e explicou por meio de Rossieli Soares, secretário da estadual de Educação, a sua defesa ativa sobre a obrigatoriedade das aulas presenciais na rede pública e privada da Educação Básica. Na semana passada, a direita golpista conseguiu uma mudança no decreto que regulamenta a volta às aulas. Uma grande derrota para esquerda e o anúncio de um genocídio contra a juventude e contra a população em geral.
O Estadão, um dos principais jornais da imprensa golpista, veiculou uma reportagem com Rossieli falando sobre a volta às aulas presenciais. As principais argumentações giram entorno da suposta importância da Educação presencial, mesmo durante a pandemia, dos males gerados pelo isolamento social, da segurança “comprovada” do ambiente escolar, entre outras coisas.
É preciso ressaltar que segundo a própria matéria a intenção seria a de reabrir todas as escolas e impor medidas aos pais e alunos que se recusassem a levar seus filhos para a escola. Ou seja, o argumento é: se todas as categorias estão trabalhando, por quê não os professores? Ao contrário do que é afirmado pelo Governo Doria, as escolas são grandes focos de contágio e isto é reconhecido até pelas escolas privadas que investiram milhões em readequações e foram forçadas a recuar ou desacelerar suas reaberturas.
Além de um fato inegável, também é amplamente conhecido pela população. Das 1800 escolas estaduais abertas das 5000 existentes, poucas tem um número significativo de alunos. Portanto, não se faz necessário que os professores se exponham sem que se atenda os alunos, que é o critério que o governo pretende utilizar. Eis a razão de defender tanto medidas aos alunos que não forem às aulas, o que na prática já acontece. Na realidade, estas medidas são ameaças para fazer “cooperar” os alunos e suas mães que não são a favor da volta às aulas presenciais, em um ato de tirania.
Estas ameaças são uma intensificação do assédio que boa parte da categoria já sofre para voltar às aulas. Agora, os mesmos profissionais que tiveram parte dos benefícios cortados e foram atacados de todas as formas, terão que se submeter à volta às aulas sem nenhuma medida de segurança. No auge da “ciência” de Doria e de seu secretário, o problema seria reformar os banheiros, equipar pias, etc. Algo visivelmente insuficiente.
É preciso denunciar a farsa da propaganda de que Doria seria “científico, técnico e civilizado” denunciando também o genocídio de voltar às aulas sem uma vacinação em massa dirigida e sob o controle dos trabalhadores; que faz parte principal de sua campanha para a categoria dos professores, para os alunos e para a população em geral.