O recurso visa garantir a neutralidade das ações do juiz, tendo em vista que a referida autoridade ouviu o processo 080-2020-TCE como relator, relativo à restituição da personalidade jurídica do movimento de Justiça Social e à reparação de um suposto violação dos direitos daquela organização política, especificou a CNE.
Por sua vez, o TCE remeteu processo à Procuradoria-Geral do Estado contra a presidente da CNE, Diana Atamaint; o vice-presidente, Enrique Pita; e aos conselheiros José Cabrera e Luis Verdesoto pelas indiciações de responsabilidade penal por descumprimento de sentença do órgão contencioso.
Após a CNE ter rejeitado o registo de candidatos à Justiça Social, o TCE decidiu aceitar a participação da força política nas eleições, o que gerou reclamações entre as duas instâncias.
As divergências mantêm indefinida a lista das chapas presidenciáveis para as eleições de 2021 e, portanto, o boletim eleitoral para impressão não está firmado.
Os problemas existentes não dizem respeito apenas às autoridades eleitorais, às organizações políticas e aos órgãos de apoio ao processo eleitoral, mas também à população e, consequentemente, a percentagem de eleitores desinteressados em ir às urnas parece estar a aumentar.
Em meio a esta situação, muitos consideram a votação como um processo crucial para o futuro do Equador, atingido por uma forte crise econômica, agravada pelo impacto da pandemia Covid-19, que deixou um acumulado de 206.257 infecções.
Presidente e vice-presidente da nação, membros da Assembleia Nacional e parlamentares andinos são as dignidades a serem eleitos em 48 dias e que iniciarão sua gestão a partir do mês de maio, por um período de quatro anos.