O fascista Bolsonaro e seu governo ilegítimo acabam de entregar mais uma parcela do que resta da Petrobras no nordeste do país. Foram mais 14 campos de petróleo e gás entregues à Ouro Preto Energia e Onshore S.A, subsidiária integral da 3R Petroleum Óleo e Gás S.A, de capital argentino. Todas elas no Estado da Bahia. Essa denúncia foi editada na página da Federação Única dos Petroleiros (FUP) na última sexta-feira (18).
A entrega se deu na última sexta-feira (17). Os campos, denominados Polo Recôncavo, foram entregues pelo valor de US$ 250 milhões através de um negócio da China, em troca de bananas.
O Polo, que de janeiro a novembro de 2020 teve uma produção média de cerca de 2.145 barris de óleo por dia (bpd) e 465 mil m³/dia de gás natural, compreende os campos terrestres de Aratu, Ilha de Bimbarra, Mapele, Massui, Candeias, Cexis, Socorro, Dom João, Dom João Mar, Pariri, Socorro Extensão, São Domingos, Cambacica e Guanambi.
A direção do Sindipetro Bahia repudia mais essa “ação equivocada da atual gestão da Petrobras” e alerta para as graves consequências para os municípios de São Francisco do Conde e Candeias, que virão em curto e médio prazo.
“De imediato haverá demissões, pois os contratos dos trabalhadores terceirizados – cerca de 250 – serão rescindidos. É uma incógnita se serão (e quantos serão) recontratados ou não pela nova empresa e em que termos se dará esse contrato. A experiência nos mostra que as empresas privadas da área de petróleo tendem a contratar com salários mais baixos e restrição de direitos, comparado com a Petrobras. Isso vai impactar não só a vida desses trabalhadores, mas também o comércio local, pois haverá menos dinheiro circulando. Por outro lado, os trabalhadores concursados devem aderir ao Plano de Demissão Voluntária da Companhia ou optarem pela transferência para outros estados”, explica o Coordenador Geral do Sindipetro Bahia, Jairo Batista.
O desmonte da Petrobras no nordeste está sendo feito a toque de caixa, através do fascista Bolsonaro e seus pupilos, o neoliberal, banqueiro e ministro da economia Paulo Guedes e seu amigo de escola o Chicago boy Roberto Castello Branco. No último dia 11 de dezembro, esses capachos do grande capital, principalmente do imperialismo norte-americano já haviam entregues o Campo de Rabo Branco, em Carmópolis, município de Sergipe, à Energizzi Energias do Brasil, que pagou US$ 1,5 milhão por 50% do ativo. A outra metade pertence à empresa Petrom. A Petrobras está de desfazendo de outras 11 concessões no estado que integram o Polo de Carmópolis, onde está localizada a maior área de produção terrestre de petróleo do Brasil, com reservas estimadas em 1,7 bilhão de barris e produção média diária de 10 mil barris de óleo e 73 mil metros cúbicos de gás. Como dizem, um negocio da China, mais uma parte do patrimônio do povo brasileiro se esvaindo e está se preparando para entregar o Polo de Alagoas, que incluem seis concessões terrestres e uma de águas rasas, duas estações de tratamento (Furado e Pilar), 230 km de gasodutos e oleodutos, a base operacional de Pilar e a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) de Alagoas, com capacidade de produzir dois milhões de metros cúbicos de gás por dia.
É preciso se mover diante da destruição da Petrobras
A construção de uma agenda nacional de mobilizações em defesa do Sistema Petrobras foi deliberada no último Conselho Deliberativo da FUP.
No artigo da FUP quinta-feira (17), Deyvid reforça a importância da categoria em participar e aprovar nas assembleias um amplo calendário de luta contra as privatizações em curso. Disse ainda que o Sindipetro da Bahia vai entrar em greve.
A direção dos petroleiros não podem perder mais tempo! É preciso chamar todos os sindicatos da categoria para, em defesa do patrimônio do povo organizar a greve, ocupar as instalações e, em um esforço conjunto, mobilizar ainda, os servidores em nível nacional, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Correios, entre vários setores, bem como, o conjunto dos trabalhadores, da população exploradas, todas as organizações sociais, sem terra, etc., tirar às direções sindicais da paralisia em que estavam e que agora resolveram sair de férias.