O Secretário de Saúde de Salvador, Léo Prates, afirmou em entrevista coletiva na manhã desta sexta (18) que a cidade possui 81% de ocupação dos leitos de UTI. Porém, na mesma oportunidade, quando perguntado sobre o aumento de casos acentuado na cidade, afirmou que cerca de 16 pessoas aguardam por um leito, no que se chama de “regulação”, em enfermarias das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
O informe dado pelo secretário é incoerente, primeiro se há margem para atendimento 19% (dos 441 leitos existentes, 356 estariam ocupados), não deveria haver nenhuma pessoa esperando em fila, sem condições adequadas de tratamento, correndo risco de morte. Segundo, mostra o tratamento dispensado pelo poder público local para na realidade, que é de descaso, reafirmando o que muitos pacientes alegam que não são atendidos adequadamente, não indo a internamento, nas unidades de pronto socorro e não serem realizados testes para confirmar a doença.
Outro aspecto que demonstra o descaso é a falta de atualização das informações sobre a pandemia, as informações dadas pelo secretário, por exemplo, não constam em nenhum dos veículos de comunicação oficiais da prefeitura, nem do próprio até o momento de divulgação desta matéria.
Segundo os dados divulgado pela prefeitura (http://www.informe.salvador.ba.gov.br/coronavirus/), desatualizados, Salvador acumula 2.865 mortes e 105.2283 infectados.