Em anúncio realizado na tarde desta segunda-feira, 14, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) calculou que levará cerca de dez dias para decidir sobre o uso emergencial de vacinas no Brasil. O posicionamento da agência se dá num momento em que aumenta a pressão para que se delibere uma ação que efetiva no combate ao novo coronavírus, causador da covid-19.
Tendo em vista a urgência da situação pandêmica, a Anvisa afirmou que estenderá o seu expediente para continuar operando durante as semanas de Natal e ano novo. Segundo a agência, somente “após a análise dos dados a serem submetidos é que será possível afirmar que a vacina a ser disponibilizada para os brasileiros é segura, eficaz e tem qualidade”, disse em nota.
“A equipe da Anvisa está preparada para conduzir essa avaliação de forma rápida, considerando a urgência que a pandemia requer e sem abrir mão dos requisitos técnicos mínimos para manter a confiança da população na vacinação”.
De acordo com a nota emitida pela agência, as equipes já têm acúmulo de dados, de fontes confiáveis, para otimizar as etapas de análise. Contudo, a troca de informações, já avaliadas por outras autoridades sanitárias em outros países ajudaria a Anvisa a acelerar seu processo decisório.
Vale lembrar que, em meio aos milhares de cadáveres vitimados pela doença, a Anvisa é acusada de aparelhamento político e de estar servindo aos interesses políticos de Bolsonaro, sendo este contrário à Coronavac, vacina chinesa em parceria com o Butantan.
Aproveitando a ocasião, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na semana passada que inicia a imunização a partir do dia 25 de janeiro, mas, por conta do tramite regulatório, depende de autorização federal para aplicação do imunizante. Ademais, corre na esteira da disputa pelo mercado lucrativo da vacina, o imunizante da farmacêutica americana Pfizer, criada em parceria com o laboratório americano BioNTech.