No início da semana passada, o presidente golpista dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou, para euforia dos grupos identitários e da esquerda pequeno-burguesa, o primeiro negro Secretário de Defesa do Pentágono. Desta vez, um nome que demonstra de forma acabada a demagogia desta política, Lloyd Austin foi chefe do Comando Central de operações de guerra contra países do Oriente Médio no governo Obama. A nomeação demonstra de maneira acabada que Biden vai levar a diante a mesma política genocida contra vários povos do mundo que comandou no governo do fantoche de Barack Obama.
A política identitária tem causado grande confusão para luta do povo negro, esses grupos políticos comemoraram com grande entusiasmo a vitória de Biden por ter como vice presidente Kamala Harris. Apesar de ser mulher negra, sua participação na política do Senado se resumiu a legislar por maior repressão do estado e por maior encarceramento contra o povo negro, ou seja, atuação digna de uma capitã do mato. Da mesma forma, os identitários também comemoraram a vitória do negro Barack Obama, governo fantoche cuja mão que o controlava era do então vice-presidente Biden.
O governo de Obama, que foi eleito com base na demagogia identitária como alternativa à crise no país, não atendeu minimamente as demandas históricas do povo negro, muito pelo contrário, aprofundou ainda mais as desigualdades. Além disso, o negro, que supostamente libertaria seu povo de toda exploração e desigualdade, foi recordista em bombardear outros países do mundo para que a burguesia imperialista pudesse promover maior exploração e roubar as riquezas destas populações. A política identitária foi, neste sentido, utilizada para promover verdadeiros genocídios contra outros povos oprimidos do mundo.
No governo Obama, o general aposentado Lloyd Austin foi responsável por operar verdadeiros massacres contra as populações do Iraque, Afeganistão, Iêmen e Síria. O retorno de Austin ao governo dos Estados Unidos, agora como Secretário de Defesa, demonstra que o governo Biden é o mesmo governo de outrora (Obama) e deverá levar adiante uma política ainda mais sanguinária que em tempos passados devido grande intensificação da crise econômica do capitalismo.
É necessário um efetivo combate ideológico à política identitária da esquerda pequeno-burguesa que tem sido um elemento de confusão para os ativistas e militantes da esquerda, que por conta dessas posições são levados a apoiar verdadeiros inimigos do povo negro e de todos explorados do mundo. A questão do negro nos Estados Unidos é um dos aspectos centrais da luta contra o imperialismo e pode eclodir em uma guerra civil no país. O povo negro precisa se organizar em um partido classista e independente; e superar a política demagógica do imperialismo.