O artista carioca Diadorim foi indiciado pela polícia, que serve à burguesia como cães de guarda, no setor da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Rio de Janeiro, com base na Lei de Segurança Nacional. Devido a uma obra de performance artística, onde uma drag queen posa com uma réplica da cabeça do presidente ilegítimo da república Jair Bolsonaro. De maneira hipócrita, Carlos Bolsonaro, o filho do presidente genocida, considera a obra uma incitação à violência, sendo registro da notícia-crime. Sendo essa, mais uma medida ditatorial e de censura realizada pela direita, onde o país caminha para o fechamento do regime e o controle de toda a esquerda, de todo o povo.
“No futebol, um tiro livre é a chance de interromper o jogo por um momento e corrigir uma falta. Na democracia, a liberdade de expressão é a força esclarecedora que impede os tiranos de escaparem imunes do assassinato“, explica o coletivo ativista Indecline, que promove o projeto chamado Freedom Kick, onde encomenda esculturas de cabeças de líderes políticos e envia aos países “mais afetados” pelas políticas deles e propõem o uso do artefato para jogar futebol.
Na ocasião, Carlos Bolsonaro mandou e-mail para o titular da delegacia, dizendo que na postagem do artista, conhecido como Diadorim, há indícios consistentes do crime de ameaça, além de incitar crime contra o pobre coitado do presidente, colocando esse como vítima, desviando a atenção para os verdadeiros culpados pela destruição do país. Nesta última quarta-feira, 2, a investigação foi encaminhada para a 44ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializa. Isso mostra o quanto a ditadura está se acirrando, pois trata-se de uma clara intimidação e censura. Esse não é o primeiro e nem será o último caso.
Um outro exemplo é o filme “Marighella” , que deveria ter estreado em 20 de novembro de 2019, mas foi adiado após a produtora ter pedido de prazo de uma proposta. cujo o verdadeiro objetivo era obter recursos para financiar a distribuição da obra, negado pela Agência Nacional de Cinema (Ancine). Para Wagner Moura, diretor do filme, a negativa teve motivações políticas. O filme é uma cinebiografia de Carlos Marighella, baiano de Salvador/BA, ex-deputado, poeta e revolucionário marxista-leninista brasileiro que foi assassinado pela ditadura militar em novembro de 1969. A história é uma adaptação do livro de 2012 “Marighella – O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo”, de Mário Magalhães. Mesmo sem estreia nacional, a obra passou por cinco festivais internacionais, inclusive o famoso Festival de Berlim.
A censura da arte é mais um sintoma do fascismo covarde que está rodeado o nosso país, usando o medo como controle da população. O atual regime e seus simpatizantes, perseguem toda e qualquer forma de oposição política, seja ela cultural, acadêmica ou organização popular. É preciso lutar contra o governo Bolsonarista e todos os seus apoiadores fascistas, dizer não a censura contra a arte e a cultura!