Nesta terça-feira, 1, o governo dos Estados Unidos revelou que planeja impor novas sanções contra a China em resposta à continuidade de seu relacionamento comercial com a Coréia do Norte. A notícia foi dada em evento virtual no Centro de Estudos Estratégico e Internacional.
“EUA. continuará a impor sanções a qualquer pessoa ou entidade que as evite, incluindo indivíduos e entidades chinesas”, disse o secretário de Estado adjunto dos EUA para a Coreia do Norte, Alex Wong.
As relações entre China e Coreia do Norte são antigas. Estrategicamente, a Coreia do Norte cumpre um papel muito importante ao atuar como uma barreira de contenção para manter as forças militares dos EUA na Coreia do Sul longe das fronteiras chinesas.
Wong afirmou que o governo norte-americano sustenta a ideia de que as empresas chinesas continuam a fazer negócios com entidades sancionadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), e que a China abriga pelo menos 20 mil trabalhadores norte-coreanos, também violando as disposições da entidade internacional. Ademais, durante o evento, Wong também denunciou que o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, não se envolveu em nenhuma “negociação séria ou substantiva”, além de não ter dado “passos concretos” para a desnuclearização, exigida pelo imperialismo. O representante do imperialismo norte-americano chegara a oferecer recompensa de até cinco milhões de dólares para quem lhes fornecer informações sobre as tentativas de Pyongyang de contornar as diversas sanções impostas. Essa, no entanto, não é a primeira investida dos EUA contra a China. Ontem mesmo, na segunda-feira, 30, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, anunciou novas sanções contra a estatal China National Electronics Import and Export Corporation (CEIEC) por seus vínculos com o governo de Venezuela.