Na última quinta-feira (26), conforme o APP Sindicato, representante de professores e funcionários das escolas estaduais do Estado do Paraná, ocorreu uma assembleia para decidir os rumos da mobilização desses profissionais da educação quanto à greve de fome e o acampamento em frente do Palácio do governo (Palácio Iguaçu) no Centro Cívico, onde permaneceram por mais de 190 horas, oito dias e que acabou sendo abortada com a falsa “justificativa” do Covid-19.
Os trabalhadores que estavam travando uma luta contra a política fascista de Carlos Roberto Massa Junior, de fazer de 232 escolas, como escolas militarizadas e que publicou um edital, o de número 47/2020, onde poder deixar cerca de 30.000 sem emprego a partir do início de 2021, desde o dia 17 de novembro vêm protestando contra essa atitude e, no dia 18 ocuparam a Assembleia Legislativa do estado do Paraná (Alep) e devido ao apelo da justiça, braço direito do governo exigir sua desocupação, a direção do APP Sindicato capitulou e a Alep foi desocupada na manhã do dia seguinte. Porém, logo desocuparam a assembleia, ocuparam o Centro Cívico, em frente ao Palácio do Iguaçu. Na última quinta-feira (26), pois esperavam contar com o reforço que precisavam para derrotar a política do governador Ratinho Jr., no entanto, esses professores, funcionários e alunos acabaram sendo surpreendidos, como se tivessem jogado em seus corpos um balde de água fria.
A assembleia, em primeiro lugar, não pode ser chamada de assembleia, uma vez “foi realizada de forma remota através de aplicativos da internet”, a desculpa da pandemia do coronavírus serviu apenas como uma para aborta-la, ou seja, os professores e funcionários não puderam, de fato, decidir sobre os encaminhamentos, uma vez que todos ou grande maioria pudessem votar em conjunto e, que inclusive ocorresse no local onde os acampados e em greve de fome estavam, uma forma de reforçar o ânimo desses professores, funcionários e alunos.O Covid-19 e as demissões de 30 mil profissionais da educação
Caso a direção do APP Sindicato tivesse interesse de, realmente realizar uma assembleia de verdade, presencial, teria meios suficientes e nem é necessário dizer quais são esses meios, pois já ocorreram inúmeras atividades pelo país, demonstrando-os. No entanto, só não o fizeram porque, o problema, de fato, não era o covid-19, mas a capitulação, onde, ao invés de se apoiar na categoria, preferiu tentar “negociar “ com um bolsonarista que segue fielmente a cartilha do fascista Bolsonaro de ataque aos trabalhadores, com destaque aos professores, com o congelamento de salários entre varias outras questões.
O governo está se preparando para diminuir drasticamente o número de professores e funcionários e o edital foi criado, entre outras coisas, para rebaixar salários, mas principalmente para excluir um grande número desses profissionais das escolas estaduais e, como todos os governos golpistas do país impor as aulas presenciais a qualquer custo e, o fascista ratinho Jr. não é diferente. Ele quer também impor as escolas militarizadas, chamadas pela categoria de Escolas com Fascismo.
Diante dessa situação, o APP Sindicato que deveria fazer com que toda a categoria, bem como, os alunos se incorporassem, também na luta, preferiu capitular diante da manobra do governador, não dispondo recursos para mobilizar, em todo o estado os profissionais da educação, como forma protelar qualquer luta. Arrumando um pretexto para deixar tudo vem, enquanto, no próximo dia 13 de dezembro começa a acontecer as provas do Programa de Seleção simplificada (PSS) que deixará, a partir de 31 de dezembro, 30 mil professores e funcionários sem emprego, manobra espúria para justificar capitulação, entregando de bandeja sua base ao bolsonarista Carlos Roberto Ratinho Junior.