O resultado das eleições de 2020 num primeiro momento despertou uma sensação de vitória em alguns setores da esquerda porque, de acordo com a análise otimista, Bolsonaro e seus apoiadores sairam enfraquecidos do pleito.
Mas esta conclusão não passa por uma segunda investigação mais metódica, avaliando o desempenho das candidaturas do famoso centrão, base de sustentação do governo de extrema-direita.
Triunfo dos genocidas
Na eleição não ganhou nem a esquerda nem a extrema-direita, ganhou quem tem menor popularidade, isto é, a direita, o “centrão”; que ficou fora da eleição presidencial. O bloco político que é sustentáculo do regime, que integra oligarquias locais e tem profundas relações com o imperialismo mundial, ganhou as eleições municipais; na maioria dos lugares, com larga vantagem.
São 752 municípios em todo país com prefeituras do DEM, segundo os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). o PP tem 664 eleições fraudadas em primeiro turno, e o PSD, 630.
Grupo político é base de sustentação do regime golpista
É importante lembrar que essa direita “civilizada” formada pelo centrão estava falida até pouco tempo atrás, tanto que teve que organizar um golpe de estado em 2016 e perseguir o Partido dos Trabalhadores. Como em um milagre, essa direita cambaleante “ressuscitou” com força total, hoje como seus representante principal a figura desprezível de Rodrigo Maia, presidente da câmara dos deputados e principal aliado de Bolsonaro, afinal, já engavetou mais de dezenas de pedidos de impeachment, é o principal avalista do governo Bolsonaro.
Fundamental destacar que este é o grupo político mais dedicado à promoção de ataques contra os estudantes, lembrando que a derrota do bolsonarismo para a direita centrista mantém os estudantes sob ameaças da militarização das escolas, da reabertura e da destruição da educação pela via do ensino remoto.
É preciso superar as ilusões e formar um movimento nas ruas
Os estudantes devem superar as ilusões no sistema político golpista e confiar apenas na própria força e de suas mobilizações Nesse sentido, permitir que o projeto da burguesia se concretize é dar carta-branca para a morte generalizada da juventude.
Por isso que não podemos ficar parados, não num momento como esse. Agora é hora de nos mobilizarmos para pôr um fim ao governo genocida de Jair Bolsonaro e de seus lacaios golpistas. Finalmente, é preciso ressaltar a importância de retomada dos atos de rua pelo Fora Bolsonaro e pela retomada dos direitos políticos de Lula, pois é a pressão nas ruas que pode realmente mudar a correlação de forças.