Um dado divulgado esta semana demonstrou na prática no que consiste a política de privatização do patrimônio nacional, como o pré-sal e a própria Petrobrás. A empresa elevou o preço da gasolina em suas refinarias em 6%, enquanto o diesel teve alta de 5%. Em média, o preço da gasolina teve alta de 0,55% nas bombas em comparação a última semana do mês.
A entrega do petróleo nacional é uma das principais políticas defendidas com unhas e dentes por aqueles que deram o golpe de estado no País. Desde o governo golpista de Michel Temer este projeto vem sendo colocado em marcha a todo o vapor. Além de indicar nomes ligados diretamente aos monopólios internacionais da indústria petrolífera, como a Shell e a Chevron, para o controle da empresa nacional, o governo golpista de Temer colocou em prática a venda de refinarias fundamentais para o Brasil, como Abreu e Lima, Landulpho Alves, Alberto Pasqualini e Presidente Getúlio Vargas.
O governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro continua levando à diante a política de pilhagem do imperialismo e entregando de bandeja o patrimônio nacional para o capital externo. De acordo com um levantamento realizado pela Subseção da Federação Única do Petroleiros do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos), entre janeiro de 2019 e julho de 2020 foram 2,5 processos de vendas de ativos da empresa abertos por mês durante o governo ilegítimo de Jair Bolsonaro.
Para efeitos de comparação, durante o governo Temer foram abertos em média 1,4 processos por mês e durante o governo Dilma essa média era de 0,4 processos por mês.
Trata-se de um verdadeiro assalto à economia nacional, por meio do qual os maiores prejudicados são os trabalhadores da Petrobras que sofrem com a degradação das condições de trabalho e a própria população do País, que acaba sendo obrigada a arcar com a precariedade dos serviços e o aumento dos preços.
A única política consequente para enfrentar a privatização da Petrobras e de todas as empresas nacionais é a mobilização da classe trabalhadora e de todo o povo. A luta estritamente parlamentar defendida por praticamente todos os setores da esquerda não será suficiente para impedir a privatização da Petrobras e dos Correios, por exemplo.
É preciso mobilizar os trabalhadores no sentido de organizar a greve geral de toda a classe trabalhadora brasileira contra a privatização de seu patrimônio. É de fundamental importância também apesentar um eixo político para esta mobilização, ou seja, o Fora Bolsonaro e todos os golpistas. Somente com a derrota de todos os setores da direita golpista será possível impedir a pilhagem da riqueza pertencente ao povo brasileiro.