Em sua página da internet, a Comissão Pastoral da Terra divulgou que o governo de Minas Gerais e a Vale estão negociando um acordo, que corre em segredo de justiça, e tem como objetivo aumentar o valor das ações da Vale, conforme matéria do jornal O Tempo. Esse jornal divulga que o acordo é da ordem de R$ 28,5 bilhões, para obras na Bacia do Paraopeba e no estado de Minas, investimentos no terceiro setor e ainda R$ 3,5 bilhões à disposição do governo do estado.
A justiça e o estado de Minas haviam pedido, em agosto, que a Vale indenizasse o estado no valor de R$ 54 bilhões por perdas econômicas coletivas.
Aplicando um teto de gastos para a empresa relativos aos ressarcimentos às pessoas e ao meio ambiente, isso teria o efeito de aumentar o valor das ações da empresa.
O governador Zema, de Minas, está fazendo um acordo com a Vale para deixar de fora as indenizações para as pessoas atingidas pelo rompimento da barragem em Brumadinho. Salva a multinacional, que já foi estatal, às custas do sangue e das perdas econômicas da população de Brumadinho até Três Marias.
E isso não é uma política genocida? Claro que sim. É a mesma lógica da política fascista do governo federal. Salva as empresas e deixa o povo morrer ou perder tudo que conquistaram com muita luta.
O que a empresa economizou, não fazendo as manutenções adequadas e assim não garantindo a segurança da barragem, teria que gastar com os prejuízos e mortes ocasionadas contra a população e o meio ambiente afetado.
Passados quase dois anos da tragédia, as vítimas não foram indenizadas ainda, mas já houve muita liberação de verbas para bancos, grandes empresas, perdão de dívidas de bancos como Itaú e Bradesco, e outras grandes empresas. E para o povo nada. Esses governos fascistas estão impondo duras penas à população pobre e trabalhadora, enquanto engorda o cofre das empresas e bancos.
O governador Zema está unido aos políticos que promovem o fascismo que corrói a economia e a vida da população pobre e trabalhadora. Ao mesmo tempo que contribui para o aumento da renda para os já muito ricos. Os 10% mais ricos da população aumentaram sua riqueza à custa da fome, miséria e desemprego dos mais pobres.
A política que a população trabalhadora tem que seguir é a da organização em conselhos populares nos bairros, nas empresas, nas escolas, não permitindo que o governo continue atacando os direitos, os salários, a aposentadoria, a saúde e etc.
Que esses conselhos tomem para si o controle da produção e a administração das empresas e fábricas, dos postos de saúde e hospitais, das escolas, do comércio e tudo mais. Precisam se organizar e ir para as ruas em grandes movimentos pelo fim do regime opressor dos pobres e trabalhadores.
Ao mesmo tempo, é preciso que os conselhos se organizem para derrubar o governo Bolsonaro e todos os seus aliados. Fora Bolsonaro! Fora Zema!