Os companheiros grevistas do Setor Leste convulsionaram outras instituições de ensino para organização da greve contra os ataques do governo Bolsonaro. Estudantes dos Institutos Federais de Goiás buscaram o Comitê de Luta Estudantil – DF para mobilizar a luta em seus campus, e neste sábado dia 25 eles aprovaram o indicativo de greve em assembleia estudantil contra o EAD, a volta às aulas e pelo Fora Bolsonaro! Eles reivindicam, seguindo o exemplo dos companheiros do DF e além de tais questões, a suspensão do calendário letivo e o governo tripartite nas escolas e universidades. Ambas tarefas colocadas pelo manifesto da Aliança da Juventude Revolucionário (AJR)
A assembleia contou com a presença de 65 estudantes, 40 fixos em toda reunião virtual. Eles foram convocados pelos alunos do IFG que participaram de reunião com o Comitê de Luta e com a AJR. Após uma ampla discussão a respeito do EAD, foi colocado que o ensino à distância deve ser combatido em todos os níveis. Ele caracteriza uma precarização da educação e uma etapa para privatizar completamente o ensino. Apesar de alguns defenderem as medidas da reitoria com argumentos excessivamente direitistas, como a necessidade de adaptação a proposta, os alunos se colocaram completamente contra o programa da direita.
Como denunciam membros do próprio Diretório Central dos Estudantes, no IFG a reitoria decide de forma antidemocrática o retorno das aulas. Não estão sendo realizadas assembleias e nem pesquisas minimamente decentes para aprovar o retorno do calendário em agosto. Muitos estudantes nem sabem do que se trata, e a Minuta lançada pela burocracia tem o claro interesse de seguir o plano de Bolsonaro para a educação: começar o mais rápido possível com o ensino à distância. Em primeiro lugar para fundamentá-lo como alternativa permanente de ensino, e assim reforçar as barreiras para a classe trabalhadora ingressar nas instituições de ensino, ou melhor, nas plataformas das empresas e dos bancos mundiais. Em segundo, para abrir espaço para a reabertura econômica não suspendendo o ano letivo.
A direita anseia desesperadamente pela volta às aulas durante a pandemia. Faz parte central de seu projeto para flexibilizar a quarentena e garantir a salvação da economia capitalista. O trânsito de estudantes, professores e suas famílias são necessários para socorrer os índices do PIB. Por isso, todos os estudantes precisam seguir o exemplo dos companheiros de Itumbiara, para combater as medidas genocidas e ditatoriais da direita para educação e para população brasileira, não é só a educação pública em jogo, mas a própria vida.
Outro ponto fundamental para garantir as reivindicações é a defesa do governo tripartite nas escolas. O governo dos estudantes, professores e funcionários, aqueles que sofrem com os ataques imperialistas e os únicos que podem organizar e ditar o calendário letivo. Também foi comentado que ninguém pode contrair o que foi votado, isso, como pronunciou um estudante, é um ataque a decisão dos alunos, além de uma ação completamente antidemocrática. Para finalizar ressaltaram a importância da luta se somar com outras escolas e outras categorias, centralizando o movimento em torno da derrubada do governo genocida.
Colaborando com os estudantes do Setor Leste, que já esvaziam as aulas, e sobre a palavra de ordem do Fora Bolsonaro, responsável pela destruição da educação e pelo genocídio da juventude, os estudantes declaram o indicativo de greve com a maioria dos votos. Não vai ter ensino à distância, não vai ter ditadura na educação!