É de conhecimento público que o site da imprensa do Partido da Causa Operária, o DCO (Diário Causa Operária) foi alvo de um ataque neste final de semana, resultando na destruição de milhares de artigos do site, bem como no mau funcionamento de alguns recursos do mesmo.
Em primeiro lugar, é preciso destacar que, na esquerda, o site do DCO é o único possível de ter milhares de matérias derrubadas. O restante da esquerda, em sua maioria, não tem milhares de matérias para derrubar, talvez algumas dezenas, a depender do período pesquisado.
Essa, por si só, já é uma das razões do ataque contra um site que publica dezenas de matérias, diariamente, contra os golpistas e contra os espertos da esquerda, que esqueceram a imprensa e se voltam aos acordos com golpistas.
O DCO incomoda, bastante, e incomoda mais porque fala umas boas verdades, para a alegria dos leitores.
Na lista de incomodados, da direita, temos, ninguém mais, ninguém menos, que João Doria, que já processou este periódico. Fernando Holiday, também ficou magoado com as colocações deste diário comunista. Sérgio Camargo, o homem negro branco à frente da Fundação Palmares, também, já deu os seus chiliques. Até aqui, todos conhecidos políticos da direita.
Recentemente tivemos até o inconformismo de Danilo Pássaro, do Somos Democracia. Também ficou magoado com as críticas políticas do DCO. Paciência.
O site, em outras épocas, já foi atacado por hackers, o que permite o anonimato do ataque. É dizer: permite o exercício da covardia por alguém que, feitas as devidas contas, não tem capacidade física, política, jurídica ou moral (ou qualquer outra capacidade) de encarar o PCO. O ataque hacker permite tal conforto, temporário, da guarida do anonimato.
Também não é de hoje que a imprensa política, partidária, revolucionária é atacada por agentes do regime de plantão. Em todo o regime da ditadura militar, o trato com a imprensa de esquerda transcorreu dessa forma.
A imprensa de esquerda foi para as cordas, e sua divulgação levou à morte de muitos militantes, que, naquela época, não abaixaram a cabeça, e hoje restam na memória revolucionária brasileira e servem como exemplo para as novas gerações.
Os métodos da luta política podem variar, de tempos em tempos, mas não perdem seu caráter de classe. Um ataque como o que esta imprensa sofreu, é um ataque direitista, que agrada à classe dominante, que satisfaz os bolsonaristas, ao não ver, por pelo menos algumas horas, mais de 40 matérias (diárias) atacando o sistema.
Cá estamos. Voltamos. Como dito em outras oportunidades, os cães ladram, mas a caravana passa.