Imperialismo descrente

Risco país dispara e Brasil perde mais de R$77 bilhões na bolsa

Mesmo com reservas internacionais elevadas, dólares continuam evaporando do mercado financeiro enquanto pessimismo do imperialismo aumenta conforme crise escala no País

Foto: Mike Segar/File Photo/Reuters

Em claro sinal de contrariedade com a condução política do País, o tradicional banco americano JPMorgan aumentou a classificação de risco para investimentos no Brasil, que no índice elaborado pelos capitalistas, atingiu 388 pontos. Para exemplificar o que isto significa, a pontuação média em 2016, ano do golpe, foi 381,68 pontos. Em meio a tantas dúvidas sobre a capacidade do regime político brasileiro em controlar a situação, o País tem vivido ainda uma fuga de capitais recorde em sua história, com mais de R$77 bilhões saindo do mercado brasileiro de capitais.

Os dados são um indicativo claro de que as dúvidas do imperialismo, no ano em que se realizou à mais complexa manobra política desde o fim da ditadura militar, eram menores do que os dias atuais, e sobre algo que poderia parecer mais simples do que aplicar um golpe de Estado, em tese. Contudo, impedir uma crise sanitária de se transformar numa rebelião popular aberta e manter a lucratividade do capitalismo ao mesmo tempo tem se revelado uma operação cada vez mais problemática.

A fuga de capitais, que já atingia patamares nunca antes vistos mesmo antes da chegada do coronavírus ao país, acaba sendo uma consequência natural da profunda desconfiança. Ainda assim, é digno de nota que mesmo com reservas internacionais gigantescas (US$360,23 bilhões atualmente, o que dá R$1,91 trilhão na cotação do último dia 3/7), o imperialismo continue, mais do que dizendo, manifestando tamanha descrença e com tanta contundência, num gesto muito claro que para os donos do mundo, o problema do Brasil é acima de tudo político.

As reservas internacionais do País ainda não estão ameaçadas mas é de se destacar que a 2 dias do golpe de 2016, estavam em US$375,55 bilhões. Mais de US$15 bilhões evaporaram  em meio ao programa neoliberal imposto ao País com a derrubada ilegítima de Dilma Rousseff, deixando cada vez mais claro que a essência da operação golpista não era consertar nada mas promover o oposto: uma rapina geral e selvagem da economia brasileira que permitisse o equilíbrio econômico das nações imperialistas.

Importante destacar também que a expressiva piora nos indicadores de confiança do imperialismo no país acompanha também a retomada dos protestos de rua realizados pela população, mais um sinal de que a mobilização popular assusta a burguesia muito mais do que os órgãos de imprensa da direita e os setores mais vacilantes da esquerda (sobretudo a pequena burguesia) deixam transparecer, indicando também o acerto desta política.

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