Com mais de 2,5 milhões de infectados e mais de 127 mil mortes por complicações de COVID-19 – até o momento – o presidente Donald Trump pediu à Suprema Corte na noite do dia 25, a revogação do chamado “Obamacare”, um sistema que fornece seguro de saúde para milhões de americanos.
A Lei de Assistência Acessível (ACA), surge no momento em que os Estados Unidos registram suas taxas mais altas de infecção desde que a pandemia do novo coronavírus atingiu o país norte americano.
O Departamento de Justiça (DoJ) argumenta que “o mandato individual não é separável do restante da lei” e que “que a cobertura que protege as pessoas com doenças preexistentes e determina que as seguradoras não possam rejeitar clientes, devido à sua idade, sexo, ou situação de saúde, também deve ser revogada.”
Segundo a presidente da Câmara dos Representantes (Deputados), a democrata Nancy Pelosi, “Não há justificativa legal, nem desculpa moral, para que o governo Trump tire a assistência médica dos americanos”.
Hoje, 29 estados experimentam novas ondas de infecções, com quase 40.000 novos casos registrados, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.
As autoridades de saúde estimam que cerca de 24 milhões de pessoas possam ter sido infectadas em algum momento, 10 vezes mais do que o número oficialmente registrado de cerca de 2,4 milhões.
Ocorre que se a medida for aprovada, cerca de 130 milhões de americanos podem perder as proteções da ACA, e até 23 milhões podem ficar sem seguro algum.
Tudo isso, é nada mais nada menos, do que os frutos desta a política de direita no país mais rico, e o mais afetado pela pandemia. Tecnologia e aparato científico, para evitar essa catástrofe que assola o país estadunidense, não falta. Mas assim como em terras brasileiras, a burguesia da terra do “Tio Patinhas”, vive de explorar quem trabalha, ou seja, o que poderia ser utilizado para salvar as centenas de milhares de vidas perdidas – e que ainda terão mais perdidas – está à disposição única e exclusivamente para a burguesia.
O pouquíssimo suporte assistencial que a classe trabalhadora norte americana tinha, nem isso, as ratazanas imperialistas querem mais. Em resumo, trata-se de uma elitização da vida.
Toda esta crise sanitária joga luz para o fato, de que o capitalismo não aguenta nenhum tipo de crise, e que o socorro estatal, serve apenas para a burguesia sanguessuga, que usa todo o seu lobby para livrar a suas peles, às custas da vida de milhões da classe pobre e trabalhadora, deste mundo.
É inaceitável que o capitalismo prossiga gerindo a sociedade na sua forma de vida e relação, após tantas vidas terem sido sacrificadas, por conta deste modelo econômico assassino.
A saúde tem que ser um bem de acesso a todos, de forma irrestrita, não apenas para meia dúzia de parasitas, que sugam todos os recursos disponíveis, para que apenas as suas vidas inúteis sejam salvas.