Parar os frigoríficos já

Frigoríficos interditados serão reabertos sem testar operários

Patrões e seu governo querem impor o genocídio aos trabalhadores em frigoríficos e será o resultado da portaria de abertura das fábricas interditadas pela golpista Tereza Cristina

Na última terça-feira (16) a golpista, latifundiária e ministra da agricultura Tereza Cristina, principal articuladora dos negócios do país relacionados aos frigoríficos, abatedouros, criação de animais de corte, incluindo, bovinos, suínos e aves, incluindo todo o setor a esse ramo de atividade, assinou portaria que libera os patrões de dar as mínimas condições de trabalho aos funcionários nesse período de pandemia do coronavírus e, os que estavam fechados, devido à contaminação dos trabalhadores serão reabertos. Uma atitude criminosa que aumentará ainda mais a contaminação dos trabalhadores.

A ministra, latifundiária, que tem como objetivo a escravização dos trabalhadores nos frigoríficos, uma vez que os patrões (senhores de escravos do século XXI), mesmo com fiscais do governo, já passavam por cima da legislação, no que se refere às condições de vida trabalho dos funcionários, liberou de vez, se não oficialmente, porem, na prática a chamada autofiscalização, ou seja, a imposição do período colonial já impera neste setor. Agora, diante de uma situação de calamidade, para manter os negócios desses capitalistas genocidas resolveu, numa atitude de um carrasco e, fazendo parte do grupo de senhores de senhores de engenho do século XXI, decidiu que os frigoríficos, nos municípios do país, onde o número de contaminados vem se elevando dramaticamente, possam voltar a funcionar sem que os trabalhadores façam teste do coronavírus. Cinicamente disse Tereza Cristina “essa portaria vai harmonizar mais as ações para que os frigoríficos possam, neste momento de pandemia, trabalhar com a segurança de seus funcionários e também para que possam continuar a produção, trabalhando de maneira normal e trazendo os alimentos para abastecer o Brasil e o mundo”, (Valor – 19/06/2020)

Na imprensa venal, no inicio da pandemia estampou em seus jornais a ideia exploradora das condições humanas dos trabalhadores, onde Tereza Cristina dizia que os frigoríficos precisavam funcionar, pois é preciso exportar e trazer bilhões de dólares para o Brasil. É como dizer: que se escravizem os funcionários matem-nos pelo coronavírus, etc., mas tragam o dinheiro.

Contágio de coronavírus nos funcionários vem se avolumando

No outro lado da moeda, ou seja, o lado em que os trabalhadores estão. só se vê notícias de frigoríficos com funcionários contaminados, além das péssimas condições já existentes anteriormente ao covid-19.

Apesar de um número irrisório, tomando em consideração o enorme contingente de trabalhadores pelo Brasil e, principalmente, o desinteresse do governo em apurar a situação, oito frigoríficos foram interditados em maio, no mesmo artigo foi relatado que neste mês, 47 abatedouros frigoríficos sob inspeção federal paralisaram suas atividades em 17 estados (Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins).

Destas paralisações, 39 foram por motivos não relacionados à transmissão do novo coronavírus, de acordo com o ministério. O governo não detalhou em quais estados e unidades houve problemas com a Covid-19. (G1 Agro – 16/06/2020)

É de fundamental importância ressaltar que, um estado como o Rio Grande do Sul, com uma população de aproximadamente 12 milhões de habitantes, o setor frigorífico, com um pouco mais de 100.000 trabalhadores corresponde a 34% da população contaminada por coronavírus no Estado e, os demais estados, como São Paulo, por exemplo, entre outros, a situação não é diferente. São centenas de milhares de trabalhadores espalhados pelo Brasil.

Diante desse quadro catastrófico e, da atitude do governo golpista do fascista Bolsonaro que, para manter o lucro dos patrões dos frigoríficos, não dando a mínima para a situação escancarada, colocada para os trabalhadores em virtude das péssimas condições de trabalho onde, uma imensidão de trabalhadores venham a óbito, se torna urgente a tomada de medidas contra tamanho ataque aos trabalhadores. Essa luta deve ser conjunta com as comunidades onde os frigoríficos, bem como cidades vizinhas, uma vez que, em várias regiões, o frigorífico tem em seu quadro de funcionários, trabalhadores dessas cidades, bem como a periferia, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) deve ter um papel central de mobilização desses trabalhadores.

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