Os Estados Unidos, a fim de expandir seu domínio imperialista em regiões estratégicas, utiliza amplamente do discurso de que precisa intervir em territórios onde “falta democracia e/ou que ela esteja ameaçada”, além da justificativa de ações “antiterroristas” em que bombardeios e ataques armados acontecem em diversas regiões do mundo. Porém, o que é ocultado pelas forças estadunidenses é como essas ações acabam tirando a vida de muitos civis e como essas intervenções nada mais são de mais uma forma de dominação pelos seus interesses imperialistas.
Um dos países que sofre recorrentemente com as ações dos Estados Unidos é a Somália, país localizado no continente africano. Nesta terça-feira (16), a Human Rights Watch (HRW) denunciou que nos meses de fevereiro e março os Estados Unidos mataram sete civis somalis em bombardeios realizados por drones estadunidenses. O primeiro ataque aconteceu em 2 de fevereiro, na aldeia de Yibil, onde ao acertarem uma casa, uma mulher foi morta e suas irmãs, filhos e avó ficaram feridos. Após o ocorrido, o Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM) declarou que na ocasião, um “terrorista” havia sido morto e nenhum civil foi vitimado. O segundo caso ocorreu em 10 de março, perto da cidade de Yanale, onde um bombardeio à um microônibus matou seis pessoas, dentre elas uma criança de 13 anos. Mais uma vez, ao se pronunciar sobre o ocorrido, a AFRICOM declarou que na ação cinco terroristas haviam sido mortos e que estava em investigação sobre possíveis civis entre vítimas, porém não se pronunciou mais sobre o caso.
Segundo a Anistia Internacional (AI) em relatório publicado, o Exército dos Estados Unidos segue ocultando vítimas civis em suas ações e pelo menos 14 pessoas já morreram desde 2017 nesse tipo de intervenção. O número, claro, é muito maior, já que há uma ocultação de dados, e esse tipo de ação viola o direito internacional humanitário, além de ser um crime de guerra. Além dos ataques ocorridos em fevereiro e março, os Estados Unidos também já mataram mais de 100 somalis em outro ataque aéreo ocorrido em dezembro de 2018.
Além da Somália, outro país africano também sofre com os ataques do exército dos Estados Unidos, o Níger. Entre 2015 e 2017 os soldados estadunidenses participaram de pelo menos 10 confrontos armados na região. Outros países no Oriente Médio e na África também passam pelas intervenções militares imperialistas, como a Síria, o Afeganistão, a Líbia, o Iraque e o Iêmen. As ações imperialistas e completamente genocidas dos Estados Unidos fazem milhares civis vítimas todos os anos, tudo em nome do domínio imperialista. As ações dos Estados Unidos vão além das forças do exército, e sabemos que há também todo seu jogo político e econômico que sujeita países a passarem por condições extremamente prejudiciais aos trabalhadores, além de ameaçarem suas soberanias nacionais, como foram os casos de financiamento das ditaduras no Brasil e no Chile, além das tentativas recentes de domínio imperialista na Venezuela e também os embargos econômicos em países do financiamento das ditaduras no Brasil e no Chile, além das tentativas recentes de domínio imperialista na Venezuela e também os embargos econômicos em países como Cuba e Irã.
Quando colocada a necessidade de defesa desses países, estamos colocando também a defesa de todos os países contra o imperialismo, que adota políticas de influência em todas as partes do planeta a fim de dominar economicamente e politicamente regiões estratégicas, e isso também inclui a defesa das riquezas nacionais. Lutar contra o imperialismo é lutar contra o genocídio e contra as dominações burguesas que aprisionam os trabalhadores.