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Campanha salarial

Derrotar os banqueiros com “mobilização” virtual?

A política de mobilizar virtualmente é entregar a campanha para os banqueiros

O Comando Nacional dos Bancários definiu, no último dia 10, o calendário de conferências, congressos e assembleias da categoria bancária para se discutir e deliberar as pautas de reivindicação que serão levadas para as mesas de negociações, com os banqueiros, referente à campanha salarial dos bancários do ano de 2020.

Motivos para que a categoria se mobilize contra os ataques violentíssimos, realizados pelos banqueiros e seus governos é que não faltam.

Desde o golpe do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, no reacionário Congresso Nacional, a burguesia e seu governo vem desenvolvendo uma grande ofensiva contra a classe trabalhadora, que afeta diretamente a categoria bancária. Terceirização, privatização, ataque aos planos de saúde dos trabalhadores dos bancos públicos, demissão em massa, fechamento de centenas de agências bancárias, arrocho salarial, fim da previdência pública, tentativa dos banqueiros, através dos seus representantes no parlamento, em aprovar o fim da jornada de 30h, etc., ou seja, uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores, conquistados através de mais de 100 anos de lutas.

A categoria bancária sofre um violento roubo salarial e estão sendo chamados a entregar os seus próprios empregos. O arrocho salarial e as demissões são as duas faces da política do governo ilegítimo Bolsonaro de descarregar sobre as costas dos trabalhadores o ônus de toda a orgia financeira e capitalista levada às últimas consequências por um punhado de parasitas especuladores, que tem levado a economia nacional à falência.   

O fracasso da política econômica do governo é contundente: a inflação ameaça a disparar, a produção industrial declina cada vez mais. A situação recessiva, em consonância com a crise mundial capitalista afasta totalmente toda perspectiva por parte da burguesia nacional mediante a utilização de programas pseudo liberais que buscam a integração com o mercado do mundial como via de desenvolvimento nacional. Essa falta de perspectiva da burguesia nacional leva à uma maior submissão da economia do país aos ditames do imperialismo, por maior de seus planos econômicos recessivos, nos quais um dos principais aspectos constitui-se na entrega de setores inteiros da economia ao capital estrangeiro.

É nesse cenário que os bancários estarão inseridos na próxima campanha salarial, que tem a sua data base em setembro deste ano.

Diante de tamanha ofensiva, a Campanha Salarial é uma questão vital e por isso não pode ficar, conforme está sendo deliberada pelas direções, devido a pandemia do coronavírus, em atividades, que diz respeito à preparação das mobilizações, feitas exclusivamente por meio virtual, através de videoconferênicas. A política de mobiliar virtualmente é entregar a campanha de luta dos bancários nas mãos dos banqueiros. A experiência, em tempos de coronavírus, já demonstrou que o abandono das ruas pela esquerda resultou no avanço da direita, tanto no executivo, como no legislativo e judiciário. Não é novidade para ninguém que somente por meio de uma ação enérgica e determinada dos trabalhadores será possível barrar o avanço dos ataques dos banqueiros. Os bancários sempre foram um exemplo de combatividade, atendendo sempre aos chamados de luta em todo o país, organizando grandes e combativas greves nacionais. No entanto as atividades virtuais de preparação para a campanha salarial não trará os resultados necessários para o avanço das conquista referente às reivindicações da categoria. Não é por um acaso que o atual recuo do governo fascista de Bolsonaro, no atual momento, é consequência direta das manifestações populares de rua que estão acontecendo. Atos virtuais é jogar água no moinho da política dos banqueiros e capitalistas. Somente os métodos tradicionais de luta dos trabalhadores (greves, ocupações, etc.) irão barrar os ataques dos banqueiros.

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