Demonstrando a evolução da luta política no país, os Motoboys, organizam uma greve dos aplicativos para o dia 1º de julho.
A iniciativa, colocados pelos mesmos como um dia de greve dos entregadores, vem seguida dos buzinaços organizados em São Paulo, ainda no mês de abril e o protesto realizado no inicio de junho na Avenida Paulista, do qual chamando diversos trabalhadores, pararam seus materiais de entrega e os empilharam no local.
As revindicações estão ligadas diretamente a enorme exploração que estes trabalhadores sofrem nas mãos das grandes empresas imperialistas que regem os aplicativos. Os entregadores pedem, por exemplo, o aumento no pagamento das corridas e da taxa mínima, seguro de vida e seguro para roubos e acidentes, voucher para compra de equipamentos de proteção, como também, o fim de bloqueios e desligamentos indevidos pelos aplicativos.
Além disso, pedem o fim do sistema de pontuação, do qual serve para delimitar as entregas que o motoboy poderá fazer.
Esta ação surge de forma organizada em meio a crise política e econômica que atravessa o país desde o golpe de Estado, aprofundada agora pela crise mundial do capitalismo e a pandemia. A organização dos motoboys, um setor de acordo com a propaganda imperialista seria “autônomo”, “dono de seu próprio trabalho”, entre uma série de outras frases calhordas, representa um sintoma da crise geral.
Os motoboys, ao contrários destas propagandas são o setor em grande medida desempregado da sociedade, trabalhadores que em busca de sobreviver são obrigados a viver destes serviços e são largamente explorados pelas empresas imperialistas. Contudo, por ser uma atividade recente e também de tipo individual, sua organização política como categoria praticamente nunca existiu. Até agora.
O fato de estarem chamando uma greve, de terem organizado atos, buzinaços entre uma série de outras atividades contra a exploração de seu trabalho reforçam que todas as categorias, independente de sua situação, tendem a se organizar e lutar por seus direitos frente a crise.
Os motoboys são um sintoma da luta política que disfere-se diretamente contra o imperialismo, a burguesia, o golpe e pelo Fora Bolsonaro. É mais um setor organizando-se na mobilização, impulsionando os demais, para que o mesmo seja feito.