Um ato com mais de mil pessoas na Avenida Paulista encerrou o fim de semana de protestos contra o governo Bolsonaro iniciado com protestos na maioria das capitas do Pais no sábado, dia 13, no momento em que o País ultrapassou a marca de 43 mil mortos.
Mais uma vez o que se viu foram os principais praças e avenidas do País ocupadas por trabalhadores e jovens convocados pela esquerda e os “coxinhas” que vinham realizando protestos nas antes do final de maio, diante da ausência da maioria da esquerda nas ruas, desaparecerem ou minguarem para grupos minúsculos, quase sempre longe dos locais de protestos da esquerda.
Entre sábado e domingo foram realizados mais de 40 protestos, reunindo mais de 10 mil pessoas em todo o País. Incluindo atos, passeatas e até uma carreata em Brasília.
Em quase todas as manifestações, participaram colunas do Partido da Causa Operária (PCO) e dos Comitês de Luta. Em muitos deles novamente se viu a presença também das torcidas organizadas, impulsionando a presença de setores operários que não estão sendo convocados pela esquerda que domina os sindicatos e os mantém fechados. Como gritavam os torcedores na paulista, “o torcedor é proletário, está na luta por Fora Bolsonaro”.
Os protestos expressaram um evolução de setores da esquerda em direção das mobilizações. Foi o caso, por exemplo da Central de Movimentos Populares (CMP) que convocou a manifestação do ato na Avenida Paulista, que contou com a presença de alegações de partidos como PT, PCO e PSTU, torcidas e muitos outros movimentos. Na Paulista também se viu a presença da presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann.
Os atos marcaram uma etapa de consolidação e de crescimento das mobilizações contra o cerco que setores da esquerda pequeno burguesa vinham procurando impor por conta da sua política de frente ampla com setores golpistas, como FHC, representantes do “partido da Globo”, como Luciano Huck e outro notórios “pais” de Bolsonaro e defensores da politica de matar dezenas ou centenas de milhares de brasileiros pelo coronavírus e muitos outros milhões de fome. Tiveram a importância de se enfrentarem, neste momento, com a política de setores dessa mesma esquerda que, liderados pelo ex-candidato presidencial e pré-candidato a prefeito de São Paulo, pelo PSOL, Guilherme Boulos, cometeram um verdadeiro estelionato político e negociaram um acordo com a direita – sem nenhum autorização do movimento de luta pelo Fora Bolsonaro – de divisão das ruas com os apoiadores do presidente ilegítimo.
Um outro fato marcante do fim de semana, foi que a direita murchou totalmente . Seu atos reuniram apenas algumas dezenas de pessoas, mostrando que se a esquerda se mobiliza a direita corre. Em São Paulo, por exemplo, o ato dos “adoradores” de Bolsonaro, reuniu menos de 100 pessoas no Viaduto do Chá.
A direita “murchou” nas ruas, mas segue firma na sua pregação golpista e na imposição dos seu planos de genocídio contra o povo em todo o País. Esses planos só podem ser barrados pelo desenvolvimento das tendências à uma ampla mobilização que se manifestam, ainda que de forma, embrionária em todo o País.
Longe de aceitar os acordo com a direita, é preciso intensificar a mobilização e colocar a direita para correr e derrubar Bolsonaro e todos os golpistas e conquistar eleições gerais e as demais reivindicações dos trabalhadores diante da crise.