Em declaração a órgãos de imprensa na quarta-feira, dia 10 de junho, durante entrevista, o presidente da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi taxativo ao afirmar que não irá pautar os mais de trinta pedidos de impeachment que já foram protocolados contra o presidente genocida e fraudulento, Jair Bolsonaro. “Não é hora de discutir impeachment. É hora de discutir a união do Brasil, de salvar vidas, de salvar empregos. Eu como sempre fui contra as manifestações no período da pandemia, não contra manifestação, mas contra aglomeração neste momento, eu também não posso ser a favor de novas manifestações. Eu acho que neste momento, as aglomerações vão gerar uma aceleração da contaminação e perdas de vidas” (Portal 247, 10/6).
Estas foram as palavras do político direitista carioca, que vem sendo mimado por setores da esquerda para compor o espectro de personalidades que supostamente se colocariam como “opositores” do presidente fascista, de extrema direita. Nunca é demais lembrar que Maia chegou ao importante e estratégico cargo de presidente da Câmara dos Deputados apoiado por setores da esquerda, com destaque negativo para o PCdoB, sob a alegação (fajuta) da importância de se “ocupar os espaços institucionais da casa”.
Salvar vidas? Salvar empregos? Hora de discutir a união do Brasil? Mas a permanência dos golpistas no comando da nação tem o efeito exatamente contrário. O país vivencia a maior tragédia sanitária e humanitária da sua história. Já são mais de 40 mil brasileiros mortos e já nos aproximamos da trágica marca de 1 milhão de infectados; isso se considerarmos somente os registros oficiais (escandalosamente fraudados). Rodrigo Maia defende a permanência no Planalto do presidente genocida, responsável direto pela catástrofe que se abate sob todas as regiões do território nacional.
Este não é um governo que trabalha para salvar vidas; ao contrário, vem atuando para fazer aumentar, cada vez mais, o número de famílias enlutadas pela perda de seus entes. Também aparece como pura desfaçatez e demagogia rasteira falar em “salvar empregos”. O presidente da Câmara é o homem que vem pautando e apoiando todas as mais hediondas iniciativas do governo antipopular e pró-imperialista contra os trabalhadores e a economia nacional. Vale destacar que Maia foi o principal articulador da aprovação do projeto de reforma da previdência, que institucionalizou o roubo de trilhões de reais dos aposentados e pensionistas.
Por detrás do sentimentalismo hipócrita e abjeto de Rodrigo Maia, oculta-se o verdadeiro caráter do real significado desta política reacionária, direitista, de dar sustentação ao repudiado presidente Bolsonaro, objeto da maior repulsa popular, no momento em que cresce em todo o país as manifestações exigindo o fim do governo genocida, manipulador e fraudulento.
A recusa em pautar qualquer um dos mais de trinta pedidos de impeachment protocolados contra bolsonaro, o senhor presidente da câmara dos deputados cumpre o vergonhoso papel de blindar os golpistas, protegendo-os, temporariamente, de responder pelos crimes de lesa-pátria que vêm cometendo contra a nação e o povo brasileiro.
Neste sentido, a postura de Rodrigo Maia diante do impeachment reforça ainda mais a necessidade de intensificar as mobilizações em todo o país, a luta social das massas populares, a ocupação das ruas e praças, o verdadeiro palco onde se dará o desfecho da luta travada entre os explorados e o governo explorador, de extrema direita, fascista, apoiado por todos os setores mais retrógrados e reacionários da sociedade nacional.