O PCO vai comparecer ao ato pelo Fora Bolsonaro desse domingo (7/6) na Paulista. A mobilização está sendo convocada para a Praça do Ciclista, as 14h. Nesse sentido, o partido se contrapõe à manobra de Boulos em chamar o ato para o Largo da Batata no sentido de arrefecer a luta.
A radicalização das mobilizações do último domingo indicaram um caminho de lutas que não pode ser abandonado. O recuo de Bolsonaro ao orientar que seus apoiadores evitassem o domingo, por exemplo, prova o temor da burguesia frente a ofensiva popular. Em oposição aos atos, a burguesia passou a taxar os manifestantes de terroristas e a esquerda pequeno-burguesa, de violentos e despolitizados. Diante da proibição policial da realização do ato da esquerda na Paulista, portanto, o boneco de ventríloquo da burguesia, Boulos, não tardou em manobrar para acabar com a combatividade da manifestação e. Portanto, fazer refluir o movimento.
As manifestações das torcidas organizadas do final da semana passado são uma expressão de um profundo descontentamento popular concentrado pelos meses de pandemia, alta do desemprego e pela falta de vazão devido à política da esquerda “Fique em casa”. Nesse sentido, explosão social expressa por setores organizados da população, mas independentes do esquema político tradicional, representou uma disposição geral a lutar por direitos e, principalmente, a combater o fascismo nas ruas. Essa tendencia provou-se internacional com as grandes mobilizações em todo o mundo, deflagradas pelo assassinato de George Floyd.
O ato na Paulista, portanto, chamado para combater os bolsonaristas, tem um significado fundamental. Combater os ataques da burguesia contra o povo. Conter o avanço dos fascistas. Criar uma alternativa popular para a crise. Derrubar o governo golpista de Jair Bolsonaro.
Dessa forma, se a mobilização da Paulista significa uma demonstração de força do povo contra os grupos fascistas, no Largo da Batata, o ato à frio perde o seu fundamento político. O ato da paulista é do povo e o ato do Boulos, é a frente ampla tentando dar a Paulista para os fascistas.
Nesse momento, é importante descrever o histórico de Boulos no apoio ao golpe de estado e no esforço divisionista da esquerda em todos os seus esforços de unificação. No período de preparação do golpe, Boulos foi o autor do movimento de oposição a Dilma “Não vai ter copa”, em 2014, e os atos “contra a reforma da previdência de Dilma”, em 2015. Após efetivado o golpe, na hora de lançar a campanha de denúncia do golpe pela anulação do impeachment, Boulos ajudou a lançar a campanha por eleições, deixando de lado o golpe.
Quando a esquerda fazia o esforço de unificação, através da Frente Brasil Popular, Boulos lançou a Frente Povo Sem Medo. Em 2018, quando era necessário a unificação em torno da candidatura de Lula, Boulos lançou a sua própria. Agora, semanas após se manifestar contrário a realização de atos, anuncia a sua participação na mobilização das Torcidas Organizadas com o objetivo de impor a sua política frente-amplista.
Dessa forma, é fundamental a continuidade dos atos na Av. Paulista, como uma expressão da luta real do povo em oposição frontal a burguesia. Qualquer iniciativa que se contraponha a esse esforço é um braço da política da burguesia no movimento operário. Por isso, nada de atos com o funcionário dos frente amplistas, do PSDB e companhia. Todos às ruas na Av. Paulista.