No último dia 24 de abril, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro sancionou a lei a lei 13.993/2020, que proíbe a exportação de produtos hospitalares.
A lei inclui produtos essenciais durante a pandemia do novo coronavírus, como ventiladores pulmonares, camas hospitalares, monitores e equipamentos de proteção individual (EPIs).
Poderia a medida estar justificada na possibilidade de indústrias nacionais priorizarem a exportação do que a produção para o mercado interno, para os hospitais e para o próprio poder público. No entanto, desde o início da pandemia, os governos golpistas nas 3 esferas de poder, sobretudo o federal, não lançaram mão de nenhuma medida para a produção massiva de equipamentos para a utilização no combate ao coronavírus, ou seja, para salvar as vidas da população.
O que ocorreu foi justamente o contrário. Os governos abandonaram toda uma estrutura pronta para a produção em massa de equipamentos, como a indústria e as universidades, por exemplo, e deram todos os recursos para os banqueiros.
Prova é que mesmo capitalistas denunciaram a atitude do governo.
“Há uma disparidade sobre a tributação do setor. Na contramão da proibição da exportação brasileira, foi imposta a isenção de impostos de importação desses mesmos itens, que inclui . Mas o setor nacional continua arcando com as taxas do ICMS, PIS e Cofins”, explicou Paulo Henrique Fraccaro, da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (Abimo).
Este é mais um dos muitos fatores que explicam o caráter de classe do governo Bolsonaro. Apesar de ter capitalistas de menor envergadura em sua base (como o caso do dono da Havan, do Madero, entre outros) o governo Bolsonaro é um governo do imperialismo mundial. Enquanto mais de 27 mil pessoas morrem por coronavírus no país e o povo sofre das mais elementares necessidades, o presidente ilegítimo se ocupa da defesa dos interesses das empresas estrangeiras.