Crise e pandemia mostram que a esmagadora maioria dos artistas e trabalhadores ligados à cultura estão vivendo na miséria enquanto uma minoria, ligada aos grandes monopólios, ficam cada vez mais ricos. As tais lives e seus fenômenos continuam, mas de forma bem menor de audiência que nas semanas anteriores desses artistas “comuns”. Como da mesma forma, as buscas pelo termo “live” também caíram em um índice geral de busca no Brasil.
Pode ter baixado o patamar, dados indicam uma queda, mas é um indicativo mais alto de antes do período de isolamento social. De qualquer maneira isso mostra o interesse capitalista e industrial na arte e na cultura, explorando o valor dela de maneira imprópria e não dando o devido valor. Aquilo que se faz pensando em lucro não é arte. Somente um grupo seleto de “artistas” estão conseguindo se dar bem nesse setor, que são na verdade mercenários da arte aproveitando a situação de pandemia e de crise fazendo das lives um novo filão para que consigam mais dinheiro e assim possam manter seus estilos de vida burgueses, sem responsabilidades com o que realmente importa, que é a vida das pessoas. De crianças, idosos, gente com problemas de saúde que estão aí a mercê da própria sorte, enquanto o governo fascista do Bolsonaro trabalha para salvar os bancos e não as pessoas.
Não importam as condições, essas “celebridades” começaram a fazer as lives como forma de apresentar seus trabalhos para o público, assim então, os grandes monopólios viram nelas um outro filão para lucrar com a crise. Muitos cantores estão fazendo suas apresentações das lives com promessas de que quando alcançassem um determinado número de audiência, dariam uma certa quantia de cestas básicas. Mostrando assim a exploração deles e dos empresários com a crise e o coronavírus, como a distribuição de cestas básicas não fosse uma obrigação do governo e fazem uma boa imagem com “caridade”, transformando miséria humana em show.