Diante ao ataque dos patrões aos trabalhadores do comércio e serviço do Distrito Federal, a direção do sindicato dos trabalhadores da categoria organizou, no último dia 27 de maio, na praça do três poderes, um ato contra as demissões em massa e, também, em relação à precariedade quanto a falta de EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) nos locais de trabalho, quando uma quantidade gigantesca de trabalhadores estão sendo contaminados pelo coronavírus.
Segundo declarações da secretária-geral do Sindicato dos Comerciários do DF, Geralda Godinho, “só de demissão homologada no sindicato foram mais de 600 em março e cerca de 1 mil em abril. Teve gente de 25, 30 anos de trabalho que foi demitida. Acreditamos que em maio esse número será ainda maior” (site CUT-DF 27/05/2020), e continua, “muitas empresas não estão dando para os trabalhadores e nem para o consumidor álcool gel, máscara, nada”. (Idem)
Estima-se que na Capital Federal haverá a demissão de mais de 20 mil funcionários do comércio, número esses que representa 20% de toda a categoria e, o que já se verifica com as milhares de demissão que ocorreram, é que os prejuízos dos patrões estão sendo recaídos diretamente nas costas dos trabalhadores.
Os trabalhadores não podem pagar pelas consequências da crise, não podem ficar sem os seus empregos e, principalmente num momento de calamidade pública.
Parte da responsabilidade dos ataques dos patrões e seus governos é devido o resultado da paralisia dos sindicatos e da CUT-DF que, no momento em que os trabalhadores mais precisam, fecharam as suas portas, deixando os trabalhadores sem direção. É necessário a reabertura imediata dos sindicatos e um plano de mobilização e luta para defender os interesses dos trabalhadores.
Uma outra questão que chamou a atenção foi que, no mesmo ato organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, a secretária geral do sindicato levou um soco de um bolsonarista e provocou outros manifestantes. O ato foi realizado na praça dos três poderes, em frente ao Palácio do Planalto, tinha como um dos principais objetivos defender a palavra de ordem de “Fora Bolsonaro”, responsável pela política de ataques e do genocídio dos trabalhadores e do povo brasileiro. O local vem servindo de palco para as manifestações da extrema-direita em apoio ao presidente ilegítimo e na defesa de um golpe militar e, como não poderia ser diferente, o bolsonarista partiu para cima de uma mulher, o que mostra o caráter covarde desses direitistas.
No último dia 20 de maio já havia sido realizado um ato nesse mesmo local pelo Comitê Popular Fora Bolsonaro, com a participação de dirigentes e militantes do PCO, PT, UP e outros, naquela ocasião os mesmos coxinhas apareceram para fazer provocações e uma parcela do ativismo colocou os covardes da direita, espancadores de mulheres para correr, mostrando, mais uma vez, o caminho para enfrentar os fascistas, deixando claro que as ruas são do povo e não da extrema direita.
Diante desse fato grave é necessário e imediato tirar os bolsonarista das ruas e ocupar o espaço de quem, de fato, são os seus donos: os trabalhadores. Há uma tendência crescente entre os trabalhadores à mobilização e é preciso intensificar tal tendência; ir para as ruas pelo Fora Bolsonaro de todos os golpistas.