Após o assassinato George Floyd, nesta segunda-feira (28/05), realizado em plena luz do dia e diante da população por quatro policiais quando estava algemado e controlado, causou horror e reação em diversos estados norte-americanos. A cena do policial ajoelhado no pescoço de Floyd por oito minutos até a sua morte correu o mundo e causou uma explosão social dentro dos EUA.
A população de Mineapollis, maior cidade do estado de Minessota, saiu as ruas e se concentrou em frente a delegacia da cidade onde estavam os policiais que assassinaram George Floyd e destruíram a delegacia e as viaturas que estavam no estacionamento.
Desde então, as manifestações não cessaram e se espalharam por outras regiões do país. Foram registradas manifestações em Los Angeles, na Califórnia, e em Memphis, no Tennessee, onde centenas de pessoas entraram em confronto com a polícia e houve dezenas de prisões.
Já são três dias de manifestações constantes e que estão cada vez mais radicalizadas. Em Mineapollis a polícia tentou reprimir os manifestantes e perdeu o controle da situação, sendo expulsa dos locais de manifestação.
Apesar de todo o aparato policial e da violência colocada em prática contra os manifestantes, prédios foram incendiados, saques foram realizados, viaturas policiais destruídas, pessoas presas e uma pessoa foi encontrada morta por tiros.
A crise atinge em cheio o coração do capitalismo mundial
As manifestações revelam uma situação explosiva dentro do centro do país do capitalismo mundial. São diversos casos de violência policial contra os negros que tem gerado inúmeras manifestações.
O estopim dessas manifestações foi o assassinato do negro George Floyd, mas há uma enorme tensão dentro dos EUA devido à crise econômica impulsionada pela pandemia de coronavírus. O aumento do desemprego e da miséria, principalmente entre da população negra e pobre, é cada vez maior. As mortes em decorrência do coronavírus está atingindo em cheio os negros e latinos, que está causando um enorme descontentamento dentro esse setor.
Essa situação revela dois pontos. O primeiro é que a polícia é um órgão de opressão da população que deve ser extinto e o segundo é o agravamento da crise dentro dos EUA que está criando uma situação explosiva entre os trabalhadores e que a burguesia norte-americana está com uma enorme dificuldade de controlar.