Nos últimos tempos as torcidas organizadas brasileira vêm se posicionando na vanguarda da luta contra o bolsonarismo e o fascismo no país. A organização dos torcedores dessa categoria é uma expressão de politização do povo, criando não apenas uma resistência contra os inimigos do futebol, onde querem transformar o esporte mais popular do mundo em produto comercial com objetivos de satisfazer grandes monopólios internacionais e empresários capitalistas. É também uma frente direta pela luta dos direitos dos trabalhadores.
Não apenas no futebol, mas também nos demais esporte, torcedores organizados sofrem ataques da burguesia e os meios de comunicação com intuito de extinguir as torcidas organizadas do país. No pensamento burguês as organizadas é uma ferramenta violenta composta por marginais e etc.
Esse pensamento é um mero pretexto da burguesia que demonstra medo de qualquer organização popular, tentando barrar as torcidas organizadas que mostram que a saída é a mobilização nas ruas. A burguesia sabe que a categoria organizada pode influenciar os setores mais passivos do esporte em geral e até mesmo pressionar a esquerda pequena burguesa de aderir às ruas, deixando de lado uma política fracassada, levando os anseios da classe trabalhadora para as instituições como o Ministério Público (MP).
Recentemente, membros da Torcida Jovem do Flamengo (TJF), conhecidos como “Antigos”, principalmente das duas primeiras gerações da torcida, publicaram um manifesto convocando a TJF a lutarem no front progressista contra a arma da burguesia, o fascismo. Os “Antigos” lembram os mais “novos” que a TJF foi fundada sob um espírito rebelde e transgressor, que se opunha à ditadura militar.
A torcida do Corinthians no domingo (17), Gaviões da Fiel, foi até Brasília, bater de frente com a ditadura da extrema-direita no país. Exibindo uma faixa pela defesa da democracia, os torcedores denunciaram a os ataques do governo de Jair Bolsonaro, colocando medo nos coxinhas. Já no início do mês de maio dia (9), a torcida
conseguiu amedrontar, na Avenida Paulista, em SP, um ato da direita que, quando viram os corintianos, saíram correndo de medo.
Essa é a saída mais correta efetuada pelas organizadas. Os torcedores mostram que é preciso ir às ruas contra a política fascista e Bolsonaro, uma política acertada de acordo com o partido da Causa Operária. A luta exercida pela Gaviões da Fiel e também o manifesto da Torcida Jovem do Flamengo, mostra o porque da burguesia querer o fim das torcidas organizadas que é composto por trabalhadores que levam a política da esquerda.
É preciso se mobilizar contra a política da extrema-direita. Esta é uma política que está encurralando os trabalhadores num abismo social profundo. Já são mais de 15 milhões entrando na pobreza. A esquerda pequena-burguesa deve apoiar e intensificar a luta das torcidas organizadas, procurar politizar a massa popular e dar uma direção para esses torcedores que sua maioria lutou contra o golpe de estado, contra a prisão do ex-presidente Lula, contra o fascismo e por Fora Bolsonaro.